Publicado em: 09/07/2012 às 16:00hs
A 35ª edição da Expointer (Exposição Internacional de Animais, Máquinas, Implementos e Produtos Agropecuários) não vai contar com a participação dos suinocultores gaúchos, a exemplo do que ocorreu em 2011. No evento que ocorre em Esteio (RS), de 25/8 a 2/9, cinco granjas do Estado não estarão presentes.
A decisão dos produtores foi baseada na normativa 19/2002, do Ministério da Agricultura, Pesca e Abastecimento (Mapa), que impede o retorno dos animais à propriedade de origem após as exposições. A norma determina que os suínos só podem ir para outra granja de reprodução após quarentena e testes e, os que não forem comercializados, não podem retornar às granjas. No entanto, os animais podem ser vendidos para propriedades de ciclo completo.
De acordo com o presidente da Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs), Valdecir Luis Folador, o cumprimento das normas sanitárias, exigidas pelos importadores de carne suína brasileira, inviabiliza economicamente a participação dos produtores na exposição. "As granjas que participam da feira têm uma perda econômica nisso, gerando um prejuízo direto aos produtores", afirma Folador. "Para os visitantes da maior feira agropecuária do país, é uma perda nesse sentido pela importância econômica que o Brasil tem. O país é o quarto maior produtor mundial de carne suína e que exporta entre 15% a 20% da sua produção", completa.
A última participação dos suinocultores gaúchos na feira foi em 2010. Em 2009, eles também optaram por não expor os animais devido aos problemas sanitários com a pandemia da gripe A.
"Estamos pensando em participar (da Expointer) só com uma amostragem, para que o grande público não perca o contato com a suinocultura", acrescenta Folador.
A produção do Rio Grando do Sul está em torno de 7,5 milhões de suínos que vão para o abate, gerando cerca de 650 mil toneladas de carne por ano.
Fonte: Globo Rural
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