Mercado Florestal

No Dia do Cerrado, a indústria de florestas plantadas reforça que conservar o bioma é um excelente negócio

Mais de 66% das florestas plantadas em MG estão concentradas neste bioma, que é o maior do estado e o segundo maior do país


Publicado em: 11/09/2020 às 15:32hs

No Dia do Cerrado, a indústria de florestas plantadas reforça que conservar o bioma é um excelente negócio

Em Minas Gerais, a cada 1 hectare plantado 0,6 hectare é conservado, o que coloca a indústria florestal mineira em evidência quando o assunto é preservação de matas nativas. Não à toa, o Dia do Cerrado, celebrado hoje (11), é tão significativo para a Associação Mineira da Indústria Florestal (AMIF), que aproveita a data para provocar a reflexão sobre a urgência de conservar este que é o bioma de maior representatividade no Estado, presente em 54% de sua extensão, segundo dados do  Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) atualizados em 2019. Dos mais de 2,3 milhões de hectares de florestas plantadas em Minas Gerais, 66% estão concentrados no Cerrado, enquanto 33,7% estão na Mata Atlântica e cerca de 0,1% na Caatinga.

De acordo com a presidente da AMIF, Adriana Maugeri, as florestas plantadas têm papel fundamental no combate à destruição dos três principais biomas de Minas Gerais. Entre as várias contribuições, duas merecem destaque: “a primeira é a preservação e conservação de matas nativas dentro das áreas plantadas, formando extensos mosaicos entre estas e multiplicando desta forma os benefícios ambientais que os plantios de árvores produzem; a segunda é a redução da pressão sobre as vegetações nativas e que não possuem finalidade econômica. Ao disponibilizar madeira sustentável ao mercado, as florestas plantadas reduzem naturalmente a demanda por madeira de origem ilegal proveniente das matas nativas”.

Em Minas Gerais, o Cerrado aparece especialmente nas bacias dos rios São Francisco e Jequitinhonha. Na “Savana brasileira”, como é também conhecido, as estações seca e chuvosa são bem definidas e a vegetação é composta por gramíneas, arbustos e árvores. Além de ser o maior bioma do Estado, o cerrado é o segundo maior bioma do país, perdendo apenas para a Amazônia, e também o segundo maior da América do Sul.

O bioma tem, ainda, grande importância social, visto que muitas populações, especialmente indígenas, geraizeiros e quilombolas, sobrevivem dele.  “É um hot spot mundial, ou seja, um bioma que merece atenção especial para conservação, mas, apesar de toda a riqueza, o Cerrado ainda é carente da merecida atenção e variedade de projetos multidisciplinares de conservação como os demais biomas brasileiros. Mesmo com sua alta disponibilidade de regeneração natural, infelizmente ela não concorre com o ritmo acelerado da degradação ambiental causada pelo homem”, afirma Maugeri.

Conservar é um bom negócio

Além de possuir a maior área de plantio florestal do país, o setor florestal mineiro conserva 1,3 milhão de hectares de florestas nativas no estado. Esta relação entre árvores plantadas e as nativas em um ambiente é extremamente benéfica para o meio ambiente e também para o bolso. Além de multiplicar os benefícios ambientais como: conservação de solos, proteção de recursos hídricos, absorção de carbono da atmosfera e melhorias do microclima, esta simbiose ainda melhora a produtividade dos plantios florestais, oferecendo madeira em melhor qualidade e quantidade ao mercado, aumentando a rentabilidade do produtor florestal. Isso sem contar os custos evitados em recuperação de áreas degradas e possibilidade de recebimentos por pagamentos de serviços ambientais e bonificações financeiras de cunho climático.

Aliança para combater o desmate ilegal no Cerrado

Motivo de muito orgulho para Minas Gerais é a liderança mundial conquistada pelo setor com a produção e consumo de carvão vegetal proveniente 100% das florestas plantadas renováveis e dedicadas ao suprimento do mercado metalúrgico, principalmente. Este carvão é uma fonte de energia inteiramente renovável e não poluente.

“Apesar da disponibilidade de florestas renováveis para a produção de carvão vegetal, fora obviamente os produtores de carvão para subsistência, ainda existem criminosos que insistem em desmatar ilegalmente a vegetação nativa para abastecer um mercado paralelo, também criminoso que incentiva esta prática reprovável e que reduz a cada dia a disponibilidade da vegetação deste rico e relevante bioma”, afirma Maugeri. Segundo a presidente da AMIF, combater de forma intensiva a produção e o consumo de carvão vegetal de origem ilegal é responsabilidade do governo estadual, porém, sem a participação do setor produtivo e da sociedade, tal feito se torna praticamente impossível.

Outro grande desafio do setor é reduzir o número de queimadas no estado e, para tornar o combate aos incêndios florestais mais efetivo, a AMIF lançou uma campanha inédita em conjunto com suas empresas associadas, que conta com o apoio do Governo de Minas, do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais e importantes órgãos ambientais. O objetivo é conscientizar a população sobre os desastres provocados pelas queimadas, que culminam em perdas de vidas, de histórias, de qualidade do ar e do solo.

Fonte: Link Comunicação Empresarial

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