Publicado em: 17/01/2025 às 08:30hs
O Grupo Gestor Estadual do Plano ABC+MT, com a participação da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec), discutiu recentemente estratégias para ampliar e fortalecer a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) e os Sistemas Agroflorestais (SAFs) como parte do planejamento sustentável para a agropecuária no estado de Mato Grosso até 2030.
O Plano ABC+, em Mato Grosso, tem como objetivo adaptar a agropecuária às mudanças climáticas, promovendo uma produção de baixo carbono até o ano de 2030. Cada estado brasileiro, em parceria com o governo federal, desenvolve seu próprio plano voltado para a redução das emissões de gases de efeito estufa, com Mato Grosso sendo responsável por 17,21% da meta nacional, de acordo com dados do governo federal.
Dentre as prioridades discutidas na reunião do Grupo Gestor, destaca-se a ampliação de 1,3 milhão de hectares com a prática de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) até 2030. Essa técnica, que recupera pastagens degradadas, combina diferentes atividades produtivas, como o cultivo de grãos, criação de gado e a produção de agroenergia. Para atingir essa meta, ações de capacitação de produtores, incentivo ao uso de espécies nativas e disponibilização de linhas de financiamento serão realizadas.
Os Sistemas Agroflorestais (SAFs), que integram a produção agropecuária com áreas de matas nativas preservadas, também terão um incremento de 311 hectares, com projetos voltados à agricultura familiar, financiamento junto ao Banco Mundial e políticas de pagamento por serviços ambientais.
A reunião também abordou a avaliação das metas bienais do Plano ABC+MT, a apresentação de ações desenvolvidas pela Rede Integração Lavoura-Pecuária-Floresta no estado, além da definição de um calendário anual de reuniões para 2025.
Linacis Silva, superintendente de Agronegócio e Crédito da Sedec, destacou a importância da abordagem integrada para o desenvolvimento sustentável de Mato Grosso. “As ações de ampliação de áreas, recuperação de pastagens e as parcerias com diversas instituições são fundamentais para garantir avanços significativos em práticas sustentáveis e de baixo carbono, mantendo o Plano ABC+ 2020-2030 alinhado às metas estabelecidas”, afirmou.
Entre as metas do Plano ABC+MT até 2030 estão o aumento das áreas irrigadas de 220 mil para 500 mil hectares, o crescimento do plantio direto de hortaliças em 600 hectares, o plantio de 3,3 milhões de hectares de grãos e a recuperação de 3,82 milhões de hectares de pastagens degradadas.
O secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, César Miranda, ressaltou que as tecnologias adotadas no âmbito do Plano ABC+MT não só contribuem para a sustentabilidade, mas também geram aumento de renda e mais eficiência produtiva. “O plano vai trazer mais prosperidade, desenvolvimento econômico e produção com sustentabilidade. Ninguém faz uma agricultura tão sustentável quanto o Brasil, quanto o Mato Grosso”, destacou.
Os investimentos em tecnologias para uma agropecuária sustentável têm mostrado retorno expressivo, com um impacto econômico até 11 vezes maior do que o aporte inicial. Entre 2010 e 2023, foram investidos R$ 13 bilhões em tecnologias voltadas à agropecuária de baixo carbono, resultando em R$ 165 bilhões em recuperação de pastagens degradadas e R$ 202 bilhões, incluindo os benefícios da integração lavoura-pecuária-floresta.
Fonte: Portal do Agronegócio
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