Publicado em: 12/04/2013 às 17:20hs
Em compensação, as exportações atingiram volumes recordes no mês de abril. Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), órgão do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC, Brasília/DF), o Brasil arrecadou um total de US$ 33,9 milhões com as exportações de carne suína in natura de abril.
A média diária de embarques atingiu US$ 6,8 milhões, alta de 45% se comparado à média diária de US$ 4,7 milhões de março. Em março, a receita com embarques de carne suína atingiu US$ 93,6 milhões. O volume total de carne suína embarcado ficou em 11 mil toneladas, com média diária de 2,2 mil toneladas, com alta de 34,6% em relação à média diária de março.
A bolsa de suínos do estado de São Paulo "Mezo Wolters", realizada no último dia 8, definiu a referência em R$ 56,00/@, que representa respectivamente, R$ 2,99/kg vivo. No estado do Goiás o valor do quilo está R$ 3,70/kg um dos poucos estados que se matem no mercado. Já no Paraná o quilo do suíno está R$ 2,93/kg, R$ 0,20 centavos a menos comparado a primeira semana do mês. Segundo o diretor executivo da ABCS, Fabiano Coser, os preços devem melhorar nas próximas semanas. “Em semana de feriado, principalmente o da semana santa, a diminuição nas vendas de suínos já é esperado. Também tivemos sobra no mercado pela baixa na exportação e pelo anúncio do embargo à carne suína brasileira por parte da Ucrânia, mas acredito que nas próximas semanas teremos preços mais atrativos para o produtor brasileiro”, diz. O diretor acrescenta que governo do Brasil prepara uma missão técnica para fazer esclarecimentos aos ucranianos sobre o ocorrido.
Em Minas Gerais o preço do suíno reduziu R$ 0,40 centavos, passando de R$ 3,60kg nas ultimas três semanas para R$ 3,20kg. Já no Distrito Federal, Rio Grande do Sul e Ceará os preços se mantém estáveis entre R$ 3,15kg e R$ 4,15kg. No estado do Mato Grosso a situação está um pouco mais difícil, com o preço a R$ 2,75/kg os produtores ainda encontram dificuldades para vender o suíno. Para o presidente da Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (ACRISMAT), Paulo Lucion, a situação precisa melhorar o mais rápido possível. “Sabemos que vários fatores ocasionaram esta queda na semana, mas precisamos de uma atitude rápida do governo brasileiro para que estes preços não permaneçam”, diz o presidente ao lembrar-se de mais uma fase superada para a inclusão da carne suína na Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM).
Fonte: ABCS - Associação Brasileira dos Criadores de Suínos
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