Mercado Florestal

Exportações de carne suína mato-grossense recuam 44,8%

Em 2011 foram negociados US$ 25,5 milhões e este ano baixou para US$ 14,1 milhões


Publicado em: 14/08/2012 às 18:20hs

Exportações de carne suína mato-grossense recuam 44,8%

Valor das exportações de carne suína mato-grossense recuou 44,8% nos primeiros 7 meses de 2012 no comparativo com igual período do ano passado. De janeiro a julho deste ano, os embarques renderam US$ 14,1 milhões, contra US$ 25,5 milhões registrados em 2011. Volume exportado também teve queda de 26,5%, considerando a mesma base de comparação. Este ano, a quantia foi de 6,626 mil toneladas (t), enquanto que em 2011 alcançou 9,054 mil (t). Dados são da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) e foram compilados pela Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs).

Números não surpreendem frigoríficos do setor no Estado, que recordam os problemas que desfavoreceram a suinocultura em 2011. Dentre eles câmbio baixo, excesso de produto no mercado interno e a falta de opções de destino para exportação, sobretudo após o embargo russo. Essa instabilidade internacional e a oscilação dos compradores, principalmente da Rússia, fizeram com que o frigorífico Excelência mudasse a estratégia, focando no mercado interno, explica o diretor, Valdomir Ottonelli. Indústria, que abate de 1,2 mil a 1,3 mil cabeças dia, tem reduzido o volume exportado à medida que amplia o volume de carne processada. Em 2005, 6% do volume de abate era industrializado. Em 2011 chegou a 32% e a meta até o fim de 2012 é de 50%, o que em faturamento deverá ser maior pelo valor agregado dos produtos embutidos.

Reação - Exportações de carne suína dão sinais de melhora no Estado se comparado julho de 2012 com o mesmo mês do ano passado. Em volume, o crescimento foi de 34,7%. Em julho de 2011 o embarque somou 795 quilos, enquanto que em julho de 2012 fechou em 1,071 mil (t). Expansão no valor da comercialização foi de 18,6%, saindo de US$ 1,963 milhão para US$ 2,330 milhões.

Para o presidente da Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat), Paulo Lucion, as medidas do governo influenciaram a recuperação do setor, mas principalmente a abertura da importação pela Argentina, além da redução na produção de carne suína em todo Brasil, bem como a expectativa da Rússia voltar a comprar. Técnicos daquele país estiveram no Estado há poucos dias inspecionando uma unidade localizada em Rondonópolis.

Como nova exigência, informaram que não reabrirão o mercado caso os produtores utilizem ração com a substância ractopamina. “Não foi isso que fechou o mercado russo, mas agora está sendo um entrave para liberação”, afirma Lucion, ao explicar que a ractopamina é usada para reduzir a gordura e aumentar a quantidade de músculo por 28 dias antes do abate.

Fonte: Gazeta Digital

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