O Brasil, líder mundial na exportação de celulose, está atraindo investimentos significativos para o setor, com o Mato Grosso do Sul emergindo como um destino-chave para novas fábricas. Prevê-se que cerca de R$ 50 bilhões em investimentos já em andamento ou planejados impulsionem a economia do estado e transformem a indústria da celulose. Jaime Verruck, secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação do estado, enxerga o potencial para o Mato Grosso do Sul se tornar um "Vale da Celulose", apesar dos desafios recentes, como os custos mais elevados de arrendamento de terras, decorrentes dos crescentes investimentos na região.

A projeção se baseia na área atualmente dedicada ao plantio de florestas no estado, que é de 1,5 milhão de hectares. Os investimentos já anunciados, de acordo com Verruck, devem expandir essa área para um total de 2 milhões de hectares. Além disso, existe a possibilidade de aumentar em mais 1 milhão de hectares, indicando o potencial para dobrar a área atual. O Mato Grosso do Sul é atualmente o segundo maior produtor de celulose no Brasil, apenas ligeiramente atrás da Bahia, mas é o líder em exportações.

Um dos projetos que vai transformar o cenário da celulose no estado é a nova fábrica da Suzano em Ribas do Rio Pardo, com um investimento total de R$ 22 bilhões. Essa fábrica, prevista para iniciar suas operações no próximo ano, tem a capacidade de produzir 2,55 milhões de toneladas de celulose, trazendo um impacto significativo na economia, especialmente em pequenos municípios da região.