Publicado em: 15/05/2024 às 09:00hs
O Polo Florestal de Mogno Africano, situado em Minas Gerais, movimenta cerca de R$ 25 milhões por ano, contribuindo significativamente para a economia do estado. Segundo o Instituto Brasileiro de Florestas (IBF), que administra o polo, o cultivo dessa árvore exótica, conhecida por sua madeira nobre, gera emprego e renda, especialmente na cidade de Pompéu, com 32 mil habitantes.
Minas Gerais é o primeiro estado brasileiro no ranking de florestas plantadas, com 2,1 milhões de hectares destinados à silvicultura, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2021. A prática da silvicultura, que inclui o plantio de Mogno Africano, gerou R$ 7,2 bilhões em valor produtivo, um aumento de 22,5% em relação ao ano anterior. O Polo Florestal de Mogno Africano em Pompéu é um dos responsáveis por essa expressiva contribuição ao setor.
O gerente comercial do IBF, Gilberto Capeloto, explica como funciona o modelo de investimento do polo: "O processo começa com a compra de terra oferecida pelo IBF, que fica em nome do investidor. Depois, a equipe do Polo Florestal do IBF é responsável por todo o ciclo de plantio, condução, manejo e corte das árvores". O IBF administra um total de 4,4 mil hectares, dos quais 1.400 hectares já estão plantados. O cultivo do Mogno Africano é um processo longo, que requer cerca de 17 anos para ser concluído, mas pode gerar retornos financeiros superiores a R$ 10 milhões para cada 6 hectares plantados.
O Polo Florestal emprega engenheiros ambientais, engenheiros florestais, fiscais, tratoristas e viveiristas, entre outros profissionais, garantindo um trabalho meticuloso tanto no campo quanto nos escritórios. Para os investidores, a plantação do Mogno Africano oferece uma forma de diversificar seus investimentos e proteger o patrimônio. A busca por estabilidade e rendimento futuro tem atraído investidores de diversas regiões, incluindo São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Minas Gerais. Atualmente, o IBF conta com mais de 350 investidores, incluindo médicos, empresários, advogados, engenheiros e servidores públicos.
Para muitos, investir em florestas comerciais de Mogno Africano é uma maneira de garantir uma aposentadoria confortável, já que o valor do produto final é vinculado a uma variedade de setores, como a construção civil, a indústria naval, a fabricação de instrumentos musicais e esportivos, e até mesmo instrumentos de precisão. Capeloto ressalta que essa diversificação é um grande atrativo para perfis mais conservadores que buscam estabilidade e lucro a longo prazo.
O Polo Florestal de Mogno Africano em Minas Gerais é um exemplo do potencial da silvicultura no Brasil, tanto para investidores quanto para a geração de empregos e o fortalecimento da economia local. A busca por práticas sustentáveis e lucrativas continua a impulsionar o setor, trazendo benefícios para a região e para o país como um todo.
Fonte: Portal do Agronegócio
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