Publicado em: 26/07/2024 às 18:00hs
Recentemente, autoridades brasileiras e representantes da produção de noz-pecã se reuniram para alinhar os requisitos necessários para a exportação do produto para a China. O encontro, realizado em Brasília (DF) e promovido pelo Instituto Brasileiro de Pecanicultura (IBPecan), teve como objetivo discutir os protocolos fitossanitários que permitirão a venda de pecan descascada ao mercado chinês.
Durante uma recente missão ao país asiático, a delegação brasileira obteve a autorização para exportar pecan descascada. No entanto, ainda é necessário formalizar um acordo que atenda às exigências do novo parceiro comercial. Eduardo Basso, presidente do IBPecan, esclareceu que o encontro no Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) abordou os requisitos fitossanitários que os produtores, principalmente do Rio Grande do Sul, devem cumprir. “Os chineses exigem produtos seguros para sua população, incluindo nozes-pecãs desidratadas, livres de insetos e com a qualidade exigida em embalagens e containers”, afirmou Basso.
Basso acrescentou que, à medida que o processo avança, as indústrias poderão se preparar para se registrar como exportadoras de noz-pecã no Mapa e, posteriormente, no Ministério da Agricultura chinês. “Isso garantirá que, quando os contêineres chegarem ao destino, eles já estejam registrados e as importações ocorram sem problemas”, explicou o dirigente.
O presidente do IBPecan acredita que este acordo fitossanitário não só abrirá portas para as exportações de pecan descascada, mas também facilitará a venda de nozes com casca no futuro. “Uma vez que iniciarmos as exportações, isso criará um caminho para a comercialização das nozes com casca”, avaliou. Ele também destacou a importância de otimizar a produção conforme os requisitos e buscar parceiros comerciais, inclusive de forma consorciada, para tornar a venda de nozes com casca uma realidade em breve.
Basso agradeceu pelo trabalho colaborativo que possibilitou a negociação com a China, elogiando o Itamaraty, o Mapa e, especificamente, Helena Ruger, Coordenadora-Geral da Qualidade Vegetal do ministério. Ele também expressou gratidão ao Secretário Estadual de Desenvolvimento Econômico, Ernani Polo, e ao coordenador do Pró-Pecan, Paulo Lippi.
A produção de nozes-pecãs no Brasil em 2023 foi de aproximadamente 7 mil toneladas. Contudo, devido à alternância natural dos pomares e problemas climáticos, a estimativa para 2024 é de 2 mil a 2,5 mil toneladas. Esse cenário já está refletido nos preços, que variam entre R$ 18 e R$ 22 por quilo com casca, em comparação aos R$ 14 a R$ 16 por quilo do ano passado.
Fonte: Portal do Agronegócio
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