Culturas Florestais

Estudo da UERJ indica potencial do açaí no tratamento da ansiedade

Pesquisa em destaque


Publicado em: 24/04/2024 às 10:00hs

Estudo da UERJ indica potencial do açaí no tratamento da ansiedade

Pesquisadores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) estão avançando em estudos que podem oferecer novas perspectivas no tratamento dos transtornos de ansiedade. Investigando as propriedades da semente de açaí, uma fruta nativa da região amazônica, a pesquisa tem se concentrado em explorar os benefícios do seu extrato.

Propriedades do Extrato da Semente de Açaí

O estudo liderado pelo grupo de pesquisa Farmacologia Cardiovascular e Plantas Medicinais, do Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes (Ibrag) da UERJ, destaca que o extrato da semente de açaí é rico em polifenóis, substâncias que demonstraram ter propriedades benéficas, incluindo ação ansiolítica. Essa abordagem inovadora se diferencia de muitas pesquisas anteriores que se concentraram apenas na polpa do fruto.

Impacto da Ansiedade

A ansiedade é um problema global de saúde pública, sendo ainda mais prevalente no Brasil, onde afeta cerca de 9,3% da população. Diante desse cenário preocupante, a pesquisa da UERJ traz esperança ao oferecer uma potencial alternativa de tratamento, especialmente considerando os desafios associados aos efeitos colaterais dos medicamentos convencionais.

Resultados Promissores

Testes realizados com animais têm demonstrado resultados encorajadores. Em um estudo recente publicado na revista "Applied Physiology, Nutrition, and Metabolism", os pesquisadores observaram uma redução significativa nos sintomas de ansiedade em ratos tratados com o extrato da semente de açaí. Além disso, o extrato também mostrou potencial na prevenção de doenças neurodegenerativas.

Próximos Passos

Os pesquisadores estão agora trabalhando no registro e patenteamento do extrato da semente de açaí, conhecido como ASE (Açaí Seed Extract), e planejam iniciar testes em seres humanos em colaboração com a indústria farmacêutica. Parcerias com importantes agências de fomento, como CNPq, Faperj e Capes, são fundamentais para impulsionar essa pesquisa e oferecer novas soluções para os desafios de saúde enfrentados pela sociedade.

Fonte: Portal do Agronegócio

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