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Produtores já têm a disposição sementes de dendê da Embrapa BRS Manicoré

A cultura do dendê foi introduzida no Brasil ainda no século XVII, e hoje pode ser encontrada nos Estados do Pará, Bahia e Amazonas


Publicado em: 13/12/2012 às 13:50hs

Produtores já têm a disposição sementes de dendê da Embrapa BRS Manicoré

Porém, um dos principais entraves para a expansão daquela palma de óleo no país é o amarelecimento fatal (AF), uma doença que pode dizimar milhares de plantas, causando grandes perdas econômicas, além do desemprego dos trabalhadores que atuam no setor, afetando, também, pequenos e médios agricultores, que ficam sem alternativa de renda, a exemplo do que ocorreu na região Bragantina, no Estado do Pará, na década de 1980.

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, disponibiliza, no mercado sementes, o BRS Manicoré. Por ser resistente ao amarelecimento fatal, esta cultivar de palma de óleo pode ser plantada, inclusive, em áreas de incidência da doença, prática comprovada desde 1991, quando foram introduzidos na região dizimada pela doença no Pará os primeiros cruzamentos de híbridos de origem Manicoré. Além disso, esta cultivar tem, com o uso da polinização assistida, alta capacidade produtiva e baixa taxa de crescimento do caule, o que permite uma vida útil de 30 a 35 anos de cultivo e alto teor de oleína, substância que representa a parte de gordura insaturada, tornando o dendê mais saudável para o consumo.

Segundo Roberto Yokoyama, diretor da Denpasa, instituição parceira da Embrapa Produtos e Mercado na comercialização das sementes do BRS Manicoré, a empresa está disponibilizando para venda, cerca de três milhões de sementes pré-germinadas da cultivar e mudas de pré-viveiro produzidas em tubetes, que podem abastecer agricultores de toda a região Norte doPpaís e até de outros países, para produção de dendê ou palma de óleo .

BRS Manicoré

O híbrido de dendê BRS Manicoré foi lançado pela Embrapa em 2010 e desenvolvido a partir do cruzamento entre o dendezeiro de origem africana (Elaeis guineensis) e o caiaué, originário na região Amazônica (Elaeis oleifera). A resistência da cultivar ao AF a torna ideal para o cultivo em regiões indicadas como preferenciais para o plantio da palma de óleo pelo zoneamento climático.

O Diretor da Denpasa explica que como a cultivar necessita da polinização assistida ou manual para a sua produção, a utilização dessa técnica, além da colheita dos cachos no ponto certo de maturação, permite obter a extração acima de 22% de óleo de dendê na usina, equiparando-se às melhores cultivares de híbridos de origem africana.

Saiba mais sobre a Palma de óleo BRS Manicoré na Página de Negócios de Cultivares da Embrapa Produtos e Mercado www.embrapa.br/cultivares.

Fonte: Embrapa Produtos e Mercado

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