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Olhando à frente: o que muda até 2020

No panorama até 2020, alta dos preços e favorecimento das fontes renováveis


Publicado em: 20/03/2012 às 10:50hs

Olhando à frente: o que muda até 2020

Os anos até 2020 reservam substanciais mudanças de panorama para os mercados internacionais de energéticos. O preço do petróleo tende a subir continuamente já a partir de 2011, puxado pelo descompasso entre o crescimento da demanda e a incorporação de novas reservas. Essa trajetória começa a se amortecer apenas a partir de 2017, apontando para um novo equilíbrio viabilizado pelas novas fontes, que, entretanto, terão custo de produção médio muito superior ao das fontes atuais. Tal arrefecimento não se mostra provável para o mercado de etanol nesse horizonte; conforme a matriz energética mundial passa a favorecer fontes renováveis, a demanda por esse combustível tende a permanecer à frente da oferta, ocasionando uma escalada de preços cujo fim não parece estar à vista. Em função desse cenário, as cotações médias do petróleo e do etanol no mercado internacional devem alcançar altas medianas, respectivamente, de 43,1% e 125,9% até 2020.

A velocidade com que essas mudanças no panorama internacional se refletirão no mercado brasileiro de combustível será modulada, antes de tudo, pela política de preços da Petrobras e pelas variações cambiais. Os preços médios da gasolina não devem começar a se elevar de forma sistemática antes de 2015 e, de fato, podem não se alterar durante o período inteiro, tendo uma alta mediana de apenas 18,7% até o fim do período. Isso gera uma barreira para que o preço do etanol siga as cotações mundiais.

De fato, dependendo das pressões da demanda, o preço tende a ficar estável e depois acompanhar a gasolina na sua escalada pós-2015, ou até mesmo a registrar quedas. A tendência mediana é de alta de apenas 7,0% até 2020. Tais trajetórias podem ser afetadas

por diversos condicionantes, sendo que cada um dos sete drivers considerados no início do estudo tem diferentes graus de impacto sobre os mercados analisados. A análise, mantendo as condições inalteradas, dá destaque ao potencial de crescimento econômico, que aparece como o principal condicionante para os mercados mundiais de petróleo e etanol, e em terceiro lugar no mercado brasileiro de gasolina.

Em relação ao panorama nacional de forma geral, o câmbio e o ano de transição de regimes da Petrobras são os drivers de maior destaque, ocupando os dois primeiros lugares nos mercados de gasolina e etanol. Os condicionantes de caráter mais técnico, como a ampliação da oferta e a implementação de medidas de eficiência e substituição, mesmo sendo sujeitos a menor incerteza, são também de alto impacto. Por fim, a trajetória dos subsídios ao etanol, especialmente nos EUA, mostra ser um driver de relevância para a evolução dos preços mundiais.

Fonte: Alfapress Comunicações

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