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Família Real Árabe quer investir no agro da Bahia

A Família Real Árabe vai produzir biocombustíveis no Brasil


Publicado em: 09/04/2024 às 17:30hs

Família Real Árabe quer investir no agro da Bahia

Sob o controle da familia Real, o fundo árabe Mubadala Capital pretende investir R$ 12 bilhões para a produzir combustíveis a partir de uma espécie de planta brasileira, a Macaúba. A Acelen, empresa controlada pelo fundo árabe Mubadala Capital, da família real do Abud Dhabi, nação dos Emirados Árabes Unidos, está pronta para investir pelo menos R$ 12 bilhões em uma iniciativa para transformar uma planta no Brasil em um centro de produção de biocombustíveis. O projeto vai focar em biodiesel e querosene de aviação renovável.

Projeto é ousado e mostra a intenção da Família Real Árabe de investir no agro brasileiro. Conforme as informações divulgadas, a empresa adquiriu da Petrobras a Refinaria de Mataripe, localizada em Camaçari (BA), e agora tem grandes planos para seus investimentos no país. Esses combustíveis são extraídos de fontes de biomassa renovável, oferecendo uma opção para substituir os combustíveis convencionais baseados em petróleo e gás natural, seja de forma completa ou parcial.

A empresa pretende iniciar a produção de combustíveis renováveis em 2026. A Acelen, tem planos de produção de biocombustíveis utilizando como matéria-prima uma planta originária do Brasil. Para tal, está prevista a construção de uma instalação produtiva (uma biorrefinaria) no estado da Bahia, com um investimento projetado em R$ 12 bilhões ao longo dos próximos dez anos, aguardando a confirmação no primeiro semestre da corrente ano. Os combustíveis renováveis ​​são obtidos a partir de fontes de biomassa, um recurso orgânico não derivado de fósseis. Na primeira fase do projeto, o refino será com óleo de soja e matérias-primas complementares, mostrando que a Família Real Árabe vai investir no agro brasileiro.

Na segunda fase, os magnatas do petróleo, planejam usar o fruto da palmeira nativa do Brasil, a Macaúba para produzir 1 bilhão de litros de diesel verde e combustível sustentável de aviação por ano. Neste cenário, para abastecer a produção, haverá o plantio de 200 mil hectares — a área equivale a duas vezes o território de Abu Dhabi. De acordo com Rodrigo Paes, diretor de relações estratégicas do Mubadala no Brasil, entre 20% e 25% dessas terras serão cultivadas por agricultores familiares com até 100 hectares.

Cadeia produtiva da macaúba A Acelen irá se dedicar ao desenvolvimento da cadeia produtiva da macaúba. Para isso, será estabelecido um centro de tecnologia agronômica em Montes Claros, Minas Gerais, que incluirá um banco de sementes e viveiros. A etapa seguinte será o início do plantio em fazendas experimentais. Luiz de Mendonça, presidente-executivo da Acelen, expressou o desejo da empresa de beneficiar os pequenos agricultores da região, fornecendo o impulso inicial necessário. “Na minha vivência no setor agropecuário, perceber que ao introduzir um novo cultivo em uma nova área, é essencial investir e demonstrar suas previsões. O agricultor prefere aprender com os erros alheios” – Luiz de Mendonça, presidente-executivo da Acelen. Prevê-se o início das obras ainda este ano, com a produção industrial começando no final de 2026, utilizando inicialmente óleo de soja como matéria-prima. Dado que a macaúba leva cerca de cinco anos para frutificar, planeja-se uma transição gradual para seu uso.

Espera-se que a produção da Acelen seja direcionada principalmente para o mercado externo, gerando cerca de 90.000 empregos diretos e indiretos e reduzindo as emissões de dióxido de carbono em até 80% pela substituição de combustíveis fósseis.

Fonte: Revista OESTE

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