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Com investimentos de R$ 18,5 bilhões, MG supera 3,6 gigawatts de potência instalada na geração própria de energia solar

Segundo mapeamento da ABSOLAR, estado acumula mais 664 mil consumidores atendidos pela fonte solar em residências, comércios, indústrias, propriedades rurais e prédios públicos


Publicado em: 03/04/2024 às 16:00hs

Com investimentos de R$ 18,5 bilhões, MG supera 3,6 gigawatts de potência instalada na geração própria de energia solar

Minas Gerais é o segundo estado brasileiro com maior potência instalada de energia solar em telhados e pequenos terrenos. Segundo recente mapeamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), a região supera a marca de 3,6 gigawatts (GW) em operação nas residências, comércios, indústrias, propriedades rurais e prédios públicos. 

O território mineiro responde sozinho por 13,2% de toda a potência instalada de energia solar na modalidade e possui mais de 281 mil conexões operacionais, espalhadas por 853 cidades, ou 100% municípios da região. Atualmente, são mais de 664 mil consumidores de energia elétrica que já contam com redução na conta de luz, maior autonomia e confiabilidade elétrica.

Desde 2012, a geração própria de energia solar já proporcionou a Minas Gerais a atração de mais de R$ 18,5 bilhões em investimentos, geração de mais de 108 mil empregos e a arrecadação de mais de R$ 4,4 bilhões aos cofres públicos.

Apesar do histórico ensolarado do estado, o setor fotovoltaico tem enfrentado alguns desafios para continuar avançando de forma robusta na região. Isso em virtude dos problemas que milhares de consumidores têm enfrentado para conseguir conectar suas micro e miniusinas junto à rede de distribuição da CEMIG. Neste caso, a ABSOLAR tem atuado de forma transparente e profissional com a distribuidora, no sentido de equacionar as negativas em relação aos pedidos de conexão de novos projetos fotovoltaicos em telhados, fachadas e pequenos terrenos. 

Com reuniões periódicas, a atuação da entidade junto às autoridades públicas e à própria CEMIG é pautada na construção de diálogo e de soluções práticas para que seja preservado o direito do consumidor de gerar a própria energia e o direito das empresas integradoras de exercerem o seu trabalho.

Neste tema, a ABSOLAR, inclusive, fez diversas contribuições à Consulta Pública (CP) ANEEL 003/2024, no sentido de resolver o gargalo de inversão de fluxo. A entidade defende, entre outras coisas, que, em caso de inversão de fluxo, a distribuidora deve enviar todos os estudos previstos no artigo 73 da Resolução Normativa (REN) 1.000/2021 ao solicitante do sistema solar, liberando a conexão da usina se não conseguir elaborá-los.

E mais: segundo contribuição da ABSOLAR, o estudo sobre inversão de fluxo deve ser conduzido por um responsável técnico registrado no conselho profissional competente e acompanhado da respectiva Anotação de Responsabilidade Técnica, conforme a Lei Federal 6.496/1977.

Para Bruno Catta Preta, coordenador estadual da ABSOLAR em Minas Gerais, o avanço da energia solar no País é fundamental para o desenvolvimento social, econômico e ambiental do Brasil e ajuda a diversificar o suprimento de energia elétrica do País, reduzindo a pressão sobre os recursos hídricos e o risco da ocorrência de bandeira vermelha na conta de luz da população.

“O estado de Minas Gerais é atualmente um importante centro de desenvolvimento da energia solar. A tecnologia fotovoltaica representa um enorme potencial de geração de emprego e renda, atração de investimentos privados e colaboração no combate às mudanças climáticas”, comenta.

Segundo o presidente executivo da ABSOLAR, Rodrigo Sauaia, o crescimento da geração própria de energia solar fortalece a sustentabilidade e protagonismo internacional do Brasil, alivia o orçamento das famílias e amplia a competitividade dos setores produtivos brasileiros. 

“A fonte solar é uma alavanca para o desenvolvimento do País. Em especial, temos uma imensa oportunidade de uso da tecnologia em programas sociais, como casas populares do programa Minha Casa Minha Vida, na universalização do acesso à energia elétrica pelo programa Luz para Todos, bem como no seu uso em prédios públicos, como escolas, hospitais, postos de saúde, delegacias, bibliotecas, museus, parques, entre outros, ajudando a reduzir os gastos dos governos com energia elétrica para que tenham mais recursos para investir em saúde, educação, segurança pública e outras prioridades da sociedade brasileira”, conclui Sauaia.

Fonte: TOTUM Comunicação

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