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Briquetes e Pellets: Bioalternativas

No Brasil, a biomassa é uma das principais fontes de energia renovável. E por ser um dos maiores países produtores agrícolas e florestais, apresenta um grande potencial que pode ser aproveitado na fabricação de briquetes e pellets


Publicado em: 13/02/2013 às 15:40hs

Briquetes e Pellets: Bioalternativas

Ambos são resultantes da compactação de resíduos lignocelulósicos que são utilizados na geração de energia na forma de calor, permitindo a densificação energética da biomassa em pequenas unidades de volume, aumentando a resistência e o poder calorífico da mesma.

É produzido cerca de 1,2 milhões de toneladas de briquetes, sendo utilizado principalmente nas indústrias químicas, têxteis e de cimento, apresentando taxa de crescimento de 4,4% ao ano, o que demonstra a importância potencial no mercado de energia renovável.

Os briquetes de biomassa dispensam qualquer tipo de adesivo, devido ao poder plástico da lignina que, com pressão e calor, se molda em nova forma. Briquetes de finos de carvão, no entanto, são feitos usando também adesivos, porque o carvão é constituído de arranjos cristalinos de carbono e não possuem mais a lignina. Em geral, os briquetes apresentam diâmetros superiores a 50 mm, podendo ser produzidos a partir de qualquer resíduo vegetal, como serragem, palha, casca de arroz, folhas entre outros. Dessa forma, o controle da umidade é indispensável para a sua produção, já que o resíduo muito seco ou acima da umidade adequada prejudica a estabilidade do material produzido.

Já o cenário dos pellets encontra-se em crescente desenvolvimento devido, principalmente, a facilidade de manuseio e transporte. Em 2010, por exemplo, o comércio de combustível sólido atingiu 18 milhões de toneladas, sendo mais de 90% correspondente a produção de pellets. Segundo Eduardo Ochoteco, diretor da Resulta, representante da Kahl no Brasil, até 2020 o país deverá ser um dos maiores fornecedores do mundo. Por outro lado, a nível internacional, os pellets são usados para a queima em termelétricas e centrais de geração de energia, como também domesticamente para o aquecimento de residências. Para exemplificar o a quantidade de energia contida nos pellets, tem-se que a cada 2 kg deste, corresponda a aproximadamente 1 litro de óleo combustível.

Os pellets, chamados também de biopellets, são originados da biomassa florestal, por utilizar a madeira como matéria-prima. Atualmente, para a sua fabricação são plantadas florestas com diferentes técnicas de manejo e condução, a partir de um sistema denominado “Short Rotation”.

Assim como os briquetes, não são utilizados nenhum tipo de adesivo ou aglutinante químico no seu processo de produção, apenas alta pressão e calor. Em alguns países são usados aditivos biológicos, como batata, farinha de milho ou licor negro da indústria de pasta de papel.

Diante desse cenário e instituído a Lei de Resíduos Sólidos (lei nº 12.305), coordenada pelo Ministério do Meio Ambiente, determina que as indústrias e os produtores rurais devam dar uma destinação adequada aos resíduos por eles produzidos até 2014, estimulando-os a buscar métodos alternativos de utilização, disposição e reciclagem desses resíduos. Então, pellets e briquetes não poderiam ser bioalternativas?

Fonte: Painel Florestal

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