Publicado em: 11/09/2012 às 11:00hs
A opinião é do presidente interino da União da Indústria de cana-de-açúcar (Unica), Antonio de Pádua Rodrigues. Segundo ele, preços menores da energia reduzirão a pressão sobre a inflação, dando margem para o governo resolver a disparidade entre o preços da gasolina e do petróleo sem elevar os índices de preços. O efeito seria um etanol mais competitivo, sem o peso da contenção de preços da gasolina.
"Na teoria, os preços da gasolina podiam ser elevados com a redução dos preços da energia", disse. Mas a expectativa é de que qualquer alteração do preço da gasolina na bomba ocorra apenas em 2013. O executivo irá se encontrar, na quarta-feira, com representantes do Ministério da Fazenda, para discutir questões relacionadas à competitividade do etanol, incluindo esta nova possibilidade que surge com o pacote energético.
Positiva
Pádua avalia que a medida é positiva para os consumidores, que terão uma redução entre 16% e 28% na conta de energia. Porém, ele lamenta que o pacote não traga nenhuma alternativa para dar competitividade a energia gerada através da biomassa. Atualmente, a grande maioria das usinas do setor geram energia para consumo próprio. Muitas já possuem capacidade para gerar um excedente energético que pode ser vendido à grade de energia através de leilões. Mas os preços oferecidos nos últimos leilões não cobrem os investimentos em caldeiras para que esta produção de excedente energético se torne viável.
Fonte: O Estado de S. Paulo
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