O presidente da câmara setorial do Açúcar e Álcool, vinculada ao Ministério da Agricultura, Luiz Custódio da Cotta Martins, calcula que serão necessários R$ 3 bilhões, ante R$ 2 bilhões disponibilizados na safra atual.

O último balanço divulgado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Maqpa) sobre as liberações de crédito rural mostram que, de junho do ano passado a janeiro deste ano, houve demanda por apenas R$ 135,1 milhões, que correspondem a 6,8% do total de R$ 2 bilhões programados na linha de estocagem de álcool nacional pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES) e Banco do Brasil. A taxa de juros cobrada é de 8,7% ao ano.

O financiamento público é destinado a usinas, destilarias, cooperativas de produtores, empresas que comercializam etanol e distribuidoras de combustível.

O diretor do Departamento de Cana-de-açúcar e Agroenergia do Ministério da Agricultura, Cid Caldas, afirmou que o pleito do setor privado será analisado pelo grupo técnico do Conselho Interministerial do Açúcar e Álcool (Cima), que conta com participação de representantes dos ministérios da Agricultura, Fazenda, Minas e Energia e Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

"O Conselho vai estudar os mecanismos para renovação desta linha de financiamento e definir as condições para que o produtor possa acessar o máximo possível", disse Calda.