Publicado em: 25/09/2012 às 16:40hs
Na época de vacas bem mais magras, o Brasil era dependente da importação de 80% de sua única fonte de energia: o petróleo, sujeito aos humores do mercado mundial, que era quem ditava as regras. As metalúrgicas da região apresentaram tecnologia para equipar usinas e destilarias para produzir álcool a partir da cana.
Daí surgiu o Proálcool, programa de fonte alternativa de energia ao petróleo, projeto que revoluciona a economia e mantém musculatura até os dias de hoje. O governo assinou embaixo. Agora, Ribeirão Preto pode vir a ter seu nome inscrito em mais um capítulo da história da agroindústria a partir da cana para o que se convenciona chamar de etanol de segunda geração, ou 2G, e pode ter uma das plantas industriais que pretende extrair etanol do bagaço e da palha da cana.
"Onde há lavouras e usinas com potencial os projetos de expansão devem contemplar essas regiões, inclusive Ribeirão Preto, porque a nossa meta é a produção de 1 bilhão de litros de etanol até 2020", explicou Alan Hiltner, vice-presidente da GraalBio, companhia que espera produzir etanol celulósico a partir da biomassa de cana.
Não se trata de um toque de mágica, na visão dos empreendedores, mas sim de aproveitar os restos da cana, diferentemente do processo convencional, que extrai o etanol da sacarose. A produção do 2G se concentra no bagaço e na palha, que protege o solo, ou é queimada. Mas o material é abundante.
A companhia acredita que a hora é esta por causa dos avanços tecnológicos, a tonelada da matéria-prima mais barata, o custo variável abaixo de US$ 0,40 o litro e o capital para bancar o projeto. O custo indica que o negócio se torna viável, na matemática do etanol da segunda geração.
Fonte: Jornal A Cidade
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