Os preços do etanol para as usinas para os produtores têm caído nas últimas semanas. Mas essa queda não chega ao bolso do consumidor. Osvaldo Manaia, presidente da regional do Sincopetro em Ribeirão Preto, que representa os postos de combustíveis, acredita que não deve haver uma redução de preço porque agora está estabelecida uma margem de lucro considerada razoável para os postos.

O consumidor pagava ontem em média R$ 1,899 nas bombas de postos bandeirados. O litro do etanol nas usinas, segundo Manaia, custa de R$ 1,18 até R$ 1,20, e esse valor teria que ser menor que R$ 1. "Depois de meses chegamos a um ponto equilibrado e da forma como está seria muito bom, mas neste ramo tudo pode acontecer", explica Manaia.

Conforme o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq-USP, que realiza levantamento de preços pago ao produtor (usina), a última medição, divulgada ontem, revela que o valor pago ao produtor estava em R$ 1,059.

No valor não estão embutidos os impostos federais e estaduais e nem as margens da distribuidora e do posto, mas a média entre usina e posto encarece R$ 0,843 (pouco mais de 80% do valor inicial). O preço do litro para a usina está em queda por causa da maior oferta do biocombustível na safra a redução do consumo diante da perda de competitividade frente a gasolina.