Publicado em: 16/01/2012 às 18:10hs
A meta é ter 12% do mercado. Hoje, as empresas nas quais a estatal é associada têm 4% do mercado. As usinas ocupam a terceira posição no setor -atrás da Raízen (associação da Cosan e Shell) e LDC.
A Petrobras é sócia das usinas Total, Nova Fronteira (com a São Martinho) e Guarani (com a francesa Tereos).
Até agora, a estatal já investiu ou programou investimentos de R$ 1,7 bilhão com os sócios para atingir uma produção de 2 bilhões de litros em 2015.
Os recursos serão usados no plantio de canaviais e na compra de novas máquinas para as usinas.
Para alcançar a meta de 5,6 bilhões de litros, no entanto, será necessário comprar participações em novas usinas, diz o diretor Industrial da Petrobras Biocombustíveis, Ricardo Castello Branco.
O foco de interesse, diz ele, são unidades destinadas à produção exclusivamente de etanol.
Início
A Petrobras entrou com força no setor no começo de 2010 com a compra, por R$ 1,6 bilhão, de 45,7% da Guarani -que produz também açúcar.
A aquisição está sendo quitada com aportes graduais em até cinco anos até atingir tal participação. A estatal já colocou R$ 900 milhões no negócio -o que lhe dá hoje 31,5% da companhia.
Também em 2011, a estatal investiu R$ 421 milhões para criar a Nova Fronteira com a São Martinho, que, segundo Castello Branco, será a "maior do mundo em etanol" nos próximos anos.
A líder Raízen, que produz 2 bilhões de litros, prevê investimentos de até R$ 7 bilhões em cinco anos para manter a liderança.
Sorgo
Nos planos da Petrobras, está a produção de etanol a partir de sorgo -vegetal que também possui açúcar, mas de ciclo de plantio mais curto do que a cana.
A Nova Fronteira já realizou um teste que revelou alguns problemas no processamento da planta -que, ao contrário da cana, tem grãos e amido.
"Temos de fazer adaptações, mas achamos que é viável. A meta é chegar a 5% da produção a partir do sorgo em 2015."
Segundo ele, o sorgo já se torna vantajoso com uma produtividade de 3.500 litros de etanol por hectare. Na cana, a média é de 6.500.
A expectativa é reduzir a oscilação de preço do álcool na entressafra.
Fonte: Folha de São Paulo
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