Etanol

Etanol pode subir 3,86% com reajuste da gasolina, diz entidade

O aumento de 6,6% do preço da gasolina A na refinaria, anunciado pela Petrobras pode significar aumento do preço do etanol ao consumidor de cerca de 3,86%, segundo cálculos da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica)


Publicado em: 31/01/2013 às 18:20hs

Etanol pode subir 3,86% com reajuste da gasolina, diz entidade

De acordo com o diretor-técnico da entidade, Antônio de Pádua, o litro da gasolina, sem tributos, sai atualmente a R$ 1,26 na refinaria. Com o aumento de 6,6%, o valor passa a ser de cerca de R$ 1,34.

Assim, ao consumidor final, mantidas as margens atuais das distribuidoras e dos postos de combustível, o litro da gasolina vai subir R$ 0,10, ou 3,85%, de R$ 2,6370 para R$ 2,7387.

"Mantidas as atuais con

ições de mercado ao longo da cadeia de combustíveis, o potencial médio de aumento do etanol nos postos de São Paulo é de 3,86%, de R$ 1,85 o litro para R$ 1,92", calcula Pádua.

Ele pondera, no entanto, que isso não significa que o aumento chegará nessa proporção às usinas produtoras do biocombustível. "Tudo vai depender de como vai se comportar o repasse de margens ao longo da cadeia, nas distribuidoras e nos postos", diz Pádua.

É preciso observar, segundo ele, que o aumento de 5,4% do preço do diesel também trará impacto negativo às usinas, à medida que a maior parte delas têm colheita de cana feita com máquinas, movidas a diesel. "A medida elevará os custos de produção."

Etanol de 2ª geração

A ETH Bioenergia, controlada pela Organização Odebrecht, e a dinamarquesa Inbicon assinaram um acordo de cooperação para desenvolver tecnologias mais competitivas para o etanol de segunda geração no mercado brasileiro, disse um diretor da indústria brasileira.

"A tecnologia para produzir etanol de segunda geração já é conhecida há muitos anos; fazer isso de forma competitiva e economicamente viável é nosso grande desafio", disse Carlos Eduardo Calmanovici, diretor de Inovação e Tecnologia da ETH Bioenergia.

Segundo ele, a parceria da ETH com a empresa dinamarquesa está centrada na oportunidade de negócios tanto para o desenvolvimento da tecnologia, que posteriormente poderá ser licenciada, quanto para a produção do etanol de segunda geração comercialmente.

"Além de atender à demanda futura da ETH, e de contribuir para a implantação de usinas de segunda geração nas unidades da própria ETH, também temos a ambição de poder comercializar esta tecnologia no mercado", explicou.

O anúncio nesta quarta-feira integra um trabalho maior da companhia, iniciado há dois anos, de pesquisas em segunda geração, a partir de um consórcio firmado com outras duas companhias.

O conjunto de projetos voltados às atividades ligadas ao etanol de segunda geração deve envolver 200 milhões de reais entre 2013 e 2016.

A primeira planta da ETH-Inbicon deve iniciar operações em 2015, com potencial para expandir rapidamente no mercado brasileiro, prevê o executivo.

Fonte: DCI - Diário do Comércio & Indústria

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