O evento é promovido pela Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), em parceria com a Associação dos Produtores de Bionergia do Estado do MS (Biosul), Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agrário, da Produção, da Indústria, do Comércio e do Turismo (Seprotur) e a Prefeitura Municipal de Dourados.

Mário Campos participou do painel "Competitividade: O setor sucroenergético e a retomada do crescimento brasileiro" onde discorreu sobre os fatores que levaram a queda da competitividade do etanol no Brasil, primeiro com a elevação dos custos do setor (trabalhistas, ambientais, arrendamento, consequências da expansão, mecanização etc), e segundo pela política de manutenção dos preços da gasolina na bomba pelo governo federal.

Campos ressaltou que o consumo de combustíveis do ciclo otto está crescendo acima do PIB cerca de 6% de janeiro a agosto de 2012, em virtude do aumento da frota e da renda. A gasolina A está aumentando 20%, a gasolina C 13% e o etanol hidratado caiu 17%.

Esse adicional de gasolina que o país está consumindo vem sendo importado pela Petrobrás, com o acúmulo de prejuízos diante da venda no mercado interno pelo preço inferior ao que é pago no mercado internacional.

O setor, porém, tem todas as condições de rapidamente aumentar a produção de etanol e atender a este adicional de demanda, pois está com capacidade ociosa atualmente.

Para isto seria necessária uma política clara de incentivo ao consumo do etanol e não da gasolina como ocorre atualmente. Participaram também do painel o diretor-executivo da UNICA, Eduardo Leão de Sousa, e o presidente-executivo do Sindicado de Goiás (SIFAEG), André Rocha.

O evento foi muito prestigiado e contou na abertura com o governador do estado, André Puccinelli, que anunciou a instalação no estado de mais três usinas até março de 2013, somando as 24 existentes. A previsão da moagem no estado nesta safra é de cerca de 39 milhões de toneladas de cana, uma alta de 14% em relação a safra passada.