Publicado em: 06/12/2012 às 19:10hs
Segundo o CEO do CTC, Gustavo Leite, as negociações estão avançadas e a previsão é que a planta deverá ser instalada em 2013. Na unidade, serão investidos cerca de R$ 80 milhões nos próximos três anos, entre custos de implantação e gastos com insumos, conforme o executivo.
A planta de etanol de 2ª geração será acoplada à planta de etanol de 1ª geração já existente na São Manoel e terá capacidade instalada para produzir 3 milhões de litros do biocombustível por ano. A meta é que a unidade permaneça em fase de demonstração durante 12 a 18 meses. "Vamos trabalhar para atingir os resultados esperados no 'piso' desse intervalo", afirma Leite. A intenção é que a produção em escala comercial comece na safra 2015/16.
Os recursos que serão investidos no projeto fazem parte das captações em curso pelo CTC. A empresa está em fase de contratação de R$ 300 milhões, sendo que 70% desse recurso virá de linhas de crédito voltadas à pesquisa na área agrícola da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). Os outros 30% virão do Plano de Apoio à Inovação dos Setores Sucroenergético e Sucroquímico (PAISS), desenvolvido pela Finep e pelo BNDES.
"Nosso plano é levantar cerca de R$ 800 milhões para serem usados nos próximos três a quatro anos em pesquisas, já considerando os recursos do BNDES e da Finep. Parte desse recurso virá da venda da tecnologia do centro e dos aportes já feitos por acionistas. Estamos também buscando outras fontes", diz Leite.
Em evento ontem em São Paulo, o executivo anunciou o lançamento de três variedades de cana-de-açúcar adaptadas ao solo e ao clima do Cerrado, região considerada nova fronteira agrícola da cana e que até então tinha disponíveis apenas variedades específicas para as condições climáticas e de solo da região Sudeste. Na média, as variedades lançadas, segundo Leite, prometem produtividade 18% a 30% acima das atualmente usadas no Cerrado.
O CTC também anunciou um novo programa de melhoramento genético da cana que deve significar a redução do tempo de desenvolvimento das variedades, de acordo com o executivo. "A partir de agora esse processo vai durar oito anos, quase a metade do tempo de desenvolvimento que vigorava anteriormente", afirma o executivo.
Fonte: Ideia Online
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