A Coamo, maior cooperativa agroindustrial do Brasil, planeja investir R$ 300 milhões na construção de uma usina de biodiesel em Paranaguá, Paraná. O projeto, que ainda depende de aprovação dos cooperados em assembleia marcada para fevereiro de 2024, utilizará óleo bruto de soja produzido localmente para atender à crescente demanda por biocombustíveis, impulsionada pelo programa federal Combustível do Futuro. A previsão é que a planta entre em operação em 2026, alinhando-se à meta nacional de ampliação da mistura de biodiesel no diesel para 20% até 2030.

Além desse investimento, a Coamo avança em outros grandes projetos, como a construção de uma usina de etanol de milho em Campo Mourão, Paraná, com aporte de R$ 1,6 bilhão, financiado pelo BNDES. A previsão de conclusão também é para 2026. Outro destaque é o terminal marítimo em Itapoá, Santa Catarina, um empreendimento avaliado em R$ 1 bilhão, atualmente em fase de licenciamento ambiental. Esses investimentos reforçam a estratégia da cooperativa de diversificar suas operações, consolidando sua posição no mercado de biocombustíveis e logística.

Projeções de Crescimento Apesar de Cenário Desafiador

Mesmo em um ano marcado por quedas nos preços da soja e de insumos agrícolas, a Coamo mantém projeções otimistas para os próximos anos. Para a safra de grãos de 2025, a cooperativa prevê um volume recorde de 10,5 milhões de toneladas. Além disso, as vendas de insumos agrícolas cresceram 15% em 2024, refletindo a confiança dos produtores no modelo cooperativo, especialmente em um momento de dificuldades financeiras enfrentadas por grandes revendedores do setor, como a AgroGalaxy.

Com uma gestão sólida e uma estratégia focada em inovação e sustentabilidade, a Coamo reafirma sua importância no fortalecimento do agronegócio brasileiro, buscando novos mercados e contribuindo para a transição energética no país. As informações são da AgFeed.