Publicado em: 30/05/2012 às 11:50hs
Ao falar no painel “Energia Eólica, Solar e Biocombustíveis: a evolução da inserção de fontes alternativas na matriz energética brasileira”, Battistella destacou os benefícios ambientais, econômicos, sociais e de saúde pública do biodiesel, combustível que emite 57% menos gases poluentes que o diesel fóssil.
“Nem mesmo o governo brasileiro, quando lançou o Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel, em 2005, imaginava que o produto seria tão positivo para o país”, afirmou o presidente da APROBIO, para em seguida elencar as vantagens do produto.
Segundo ele, o biodiesel representa um parque fabril de mais de 60 usinas, com 1,3 bilhão de empregos gerados em toda a cadeia, de 2005 a 2010. Na agricultura familiar, no ano passado foram mais de 100 mil famílias de pequenos produtores vendendo matéria prima para a indústria, no hoje representa o maior repasse de verbas para o homem do campo.
Erasmo citou estudo da própria FGV, instituição promotora e anfitriã do seminário, para mostrar que o biodiesel hoje, misturado à proporção de 5% em cada litro de diesel comercializado no país, contribui para reduzir em quase 13 mil o número de internações hospitalares por problemas respiratórios, além de ajudar a evitar quase 2 mil mortes pelo mesmo motivo.
Em termos econômicos, a produção nacional de biodiesel tem reduzido as importações de diesel. De 2005 a 2010, segundo a FGV, a economia na balança comercial brasileira foi de US$ 2,86 bilhões. Quando a mistura chegar a 20%, ainda sem nenhuma previsão pelo governo, esse número pode chegar a US$ 43 bilhões.
O trabalho da APROBIO, no momento, às vésperas da Conferência Rio+20 e com a proximidade da Copa do Mundo em 2014 e depois as Olimpíadas no Rio de Janeiro em 2016, é envolver as capitais e grandes cidades do país no projeto da Linha Verde, em que Curitiba é pioneira, desde 2009.
Nele, 32 ônibus circulam em via expressa da capital paranaense com 100% de biodiesel. O trabalho da Frente Parlamentar do Biodiesel tem ajudado muito neste esforço de envolver os poderes públicos municipais na iniciativa, ainda que com frotas piloto.
O presidente da APROBIO encerrou sua apresentação falando da necessidade de planejamento de médio e longo prazo para o setor, de forma a haver segurança jurídica e previsibilidade econômica de mercado para que os empresários possam fazer seus investimentos. De 2005 a 2010 o setor já investiu R$ 4 bilhões. Até chegar a 20% da mistura de biodiesel no diesel, eles chegarão a quase R$ 30 bilhões.
Fonte: APROBIO ? Associação dos Produtores de Biodiesel do Brasil
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