Publicado em: 16/04/2025 às 10:20hs
Setor de tecnologia pressiona mercado de Hong Kong
As ações negociadas na bolsa de Hong Kong registraram queda acentuada nesta quarta-feira (16), refletindo o nervosismo dos investidores diante do agravamento das tensões comerciais entre Estados Unidos e China. O setor de tecnologia foi o mais impactado após o governo norte-americano impor novas restrições à venda de chips da Nvidia ao mercado chinês.
O índice Hang Seng encerrou o pregão com recuo de 1,91%, interrompendo uma sequência de seis altas consecutivas. O Hang Seng China Enterprises, que reúne as principais empresas chinesas listadas em Hong Kong, caiu 2,6%. Já o subíndice de tecnologia perdeu 3,7%, sinalizando o impacto direto das restrições impostas à fabricante de semicondutores.
Na contramão de Hong Kong, os mercados acionários da China continental apresentaram leve alta. O índice de Xangai subiu 0,26%, enquanto o CSI300 — composto pelas maiores empresas listadas em Xangai e Shenzhen — avançou 0,31%.
O movimento de recuperação foi impulsionado por dados econômicos do primeiro trimestre acima das expectativas, sustentados por um consumo doméstico robusto e pela resiliência da produção industrial, apesar do ambiente externo adverso.
Segundo relatos da imprensa local, investidores estatais conhecidos como “Equipe Nacional” podem ter atuado na segunda metade do pregão, promovendo compras estratégicas de ações. O volume de negócios em determinados fundos negociados em bolsa, que seguem os principais índices de referência, aumentou significativamente, indicando possível intervenção para conter a volatilidade do mercado.
Em um movimento considerado inesperado, o governo chinês anunciou a nomeação de um novo negociador para tratar das questões comerciais com os Estados Unidos. A mudança ocorre em meio à escalada da guerra tarifária, e o novo nome será peça-chave nas futuras negociações que buscam uma saída diplomática para as restrições impostas.
A fabricante norte-americana Nvidia confirmou na terça-feira (15) que o governo dos Estados Unidos restringiu as exportações do chip de inteligência artificial H20 para a China. O produto é um dos mais populares da empresa e tem grande importância estratégica para o mercado chinês, o que aumenta as preocupações com a continuidade da disputa tecnológica entre os dois países.
Fonte: Portal do Agronegócio
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