Publicado em: 11/02/2025 às 10:00hs
A Reforma Tributária, finalmente em andamento, promete reconfigurar a economia brasileira e trazer mudanças significativas na maneira como empresas e consumidores lidam com tributos. Com um impacto profundo sobre o setor produtivo, ela levanta questionamentos: será uma revolução esperada ou mais uma armadilha fiscal? À medida que as novas regras se aproximam da implementação, especialistas apontam tanto oportunidades quanto desafios que poderão redefinir o ambiente de negócios no país.
A unificação de tributos como PIS, COFINS, IPI, ICMS e ISS no Imposto sobre Valor Adicionado (IVA-DUAL), composto pelo IBS (dos Estados e Municípios) e CBS (da União), é vista como uma tentativa de simplificar e tornar mais transparente o sistema tributário. No entanto, críticos alertam para a complexidade da transição e os possíveis impactos econômicos inesperados. Entre as preocupações, está o risco de aumento da carga tributária em setores como serviços e varejo, além da maior necessidade de capital de giro.
Lucas Ribeiro, tributarista e CEO da ROIT, explica que “a Reforma Tributária pode ser a grande virada de chave para destravar a economia brasileira, mas também traz armadilhas para aqueles que não se prepararem, principalmente durante o período crítico de transição entre 2026 e 2032. Quem não souber como calcular os impactos ou adaptar seus processos internos, poderá enfrentar sérios problemas de competitividade”.
Para as empresas, a adaptação à Reforma Tributária será um verdadeiro desafio, comparável a uma partida de xadrez. Segundo Ribeiro, o planejamento tributário se tornará um dos maiores diferenciais competitivos no mercado: “Estamos diante de uma corrida pela eficiência. O empresário que souber dominar os dados, entender os resíduos tributários e se antecipar aos ajustes de preços, terá vantagem.”
Essa adaptação exigirá o uso de tecnologias avançadas e expertise especializada. Ribeiro destaca a importância da inteligência artificial para lidar com as complexidades da reforma. “Na ROIT, temos utilizado inteligência artificial para reapurar os tributos a partir dos dados do SPED e oferecer uma visão clara e precisa dos impactos da reforma. Isso é essencial para que as empresas possam tomar decisões assertivas.”
Os consumidores, por sua vez, também sentirão os efeitos da Reforma. Embora haja a promessa de preços mais justos, os repasses de custos no curto prazo podem afetar o valor final dos produtos. Ribeiro alerta para o desafio da necessidade de liquidez das empresas, que pode resultar em aumento no preço final: “O aumento do capital de giro é um desafio subestimado. As empresas precisarão de mais liquidez para se adaptar, e isso pode impactar diretamente os consumidores.”
Com a entrada em vigor das novas regras, a preparação será essencial para a sobrevivência das empresas. Ribeiro conclui: “A reforma tributária exige adaptação rápida ao longo de 2025, mas também pode se tornar um grande diferencial competitivo para as empresas que souberem aproveitar as oportunidades. Aqueles que perceberem essa reforma como um trampolim para inovação e crescimento serão os líderes do mercado durante e após a transição.”
Fonte: Portal do Agronegócio
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