Mercado Financeiro

Oferta restrita mantém preços do café em alta nas bolsas internacionais nesta quarta-feira (27)

Cepea registra forte valorização do arábica, que acumula alta de 30,44% em novembro


Publicado em: 27/11/2024 às 11:00hs

Oferta restrita mantém preços do café em alta nas bolsas internacionais nesta quarta-feira (27)

O mercado cafeeiro registrou novos ganhos nesta quarta-feira (27), com as cotações futuras nas bolsas de Nova York e Londres mantendo-se em alta. De acordo com o boletim do Escritório Carvalhaes, os estoques de café estão em níveis baixos tanto nos países produtores quanto nos consumidores, o que tem pressionado os preços para cima. Além disso, a expectativa de uma quebra significativa na próxima safra brasileira de café e a resistência dos produtores brasileiros em comercializar o grão nos últimos meses de 2024 têm contribuído para o cenário de valorização nas bolsas internacionais.

Perto das 9h (horário de Brasília), o contrato de arábica para dezembro/24 registrava um aumento de 795 pontos, atingindo o valor de 320,10 cents/lbp. Os contratos seguintes também apresentaram elevações significativas: o contrato de março/25 subiu 865 pontos, chegando a 317,50 cents/lbp, o de maio/25 avançou 845 pontos para 314,75 cents/lbp, e o de julho/25 teve um ganho de 785 pontos, cotado a 308,95 cents/lbp.

Limitação da oferta e lentidão nas negociações

Pesquisadores do Cepea apontam que a alta no preço do café arábica é resultado da oferta restrita no mercado interno, com a escassez do grão no mercado spot. Apesar da valorização, as negociações continuam lentas, com muitos cafeicultores preferindo manter os estoques, o que dificulta a liberação de novos volumes para o mercado.

No mercado de robusta, o contrato de janeiro/25 apresentou alta de US$ 84, atingindo US$ 5.259 por tonelada, enquanto os contratos de março/25 e maio/25 subiram US$ 106 e US$ 107, respectivamente, chegando a US$ 5.220 e US$ 5.158 por tonelada. O contrato de julho/25 teve um aumento de US$ 120, cotado a US$ 4.996 por tonelada.

A tendência de alta dos preços reflete a escassez da oferta, com os produtores cautelosos e os estoques baixos, o que mantém o mercado pressionado, especialmente com a perspectiva de um ciclo produtivo mais fraco no Brasil.

Fonte: Portal do Agronegócio

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