Publicado em: 27/01/2025 às 10:35hs
Os principais índices acionários da China encerraram em queda nesta segunda-feira, véspera do feriado do Ano Novo Lunar. O movimento foi impulsionado por uma inesperada contração na atividade industrial do país e pela persistência de preocupações relacionadas às tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos, apesar dos esforços do governo chinês para estimular a entrada de capital no mercado.
O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, recuou 0,41%, enquanto o índice SSEC, em Xangai, fechou com leve queda de 0,06%. Já em Hong Kong, o índice Hang Seng avançou 0,66%, impulsionado por ganhos no setor de tecnologia.
Dados divulgados indicaram que a atividade industrial da China apresentou em janeiro seu pior desempenho desde agosto, com destaque para a queda do índice de novos pedidos de exportação, que atingiu o menor nível desde março do ano anterior. "Parte dessa contração pode ser atribuída à redução da demanda externa", avaliou Zhiwei Zhang, presidente da Pinpoint Asset Management.
Adicionalmente, as declarações do então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre a possibilidade de tarifas e sanções à Colômbia — posteriormente suspensas após a assinatura de um acordo — trouxeram à tona a seriedade de sua postura em relação às medidas tarifárias.
Segundo análise do Morgan Stanley, os riscos tarifários em relação à China foram postergados, mas não eliminados. O banco estima que a tarifa média ponderada sobre produtos chineses poderá subir de 10% no final de 2024 para 26% até o final de 2025 e 36% em 2026.
Apesar do cenário de incertezas, os mercados receberam positivamente os indícios de maior participação institucional no mercado de ações. Na semana passada, o governo chinês anunciou metas para atrair capital de longo prazo, envolvendo seguradoras e fundos mútuos.
As oscilações nos mercados refletem um cenário de cautela diante das incertezas econômicas globais e das pressões geopolíticas, especialmente no contexto da relação comercial entre China e Estados Unidos.
Fonte: Portal do Agronegócio
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