Mercado Financeiro

Mercados Asiáticos Reagem a Declarações do Fed sobre Tarifas; Hong Kong Registra Queda

A incerteza sobre a evolução da guerra comercial sino-americana impacta os mercados, com quedas no mercado de Hong Kong e estabilidade nas bolsas da China


Publicado em: 24/04/2025 às 10:20hs

Mercados Asiáticos Reagem a Declarações do Fed sobre Tarifas; Hong Kong Registra Queda
Análise de ações no mercado asiático: Reações às intenções do Fed e queda em Hong Kong

Os mercados financeiros asiáticos apresentaram movimentos contrastantes nesta quinta-feira. As ações da China encerraram o dia praticamente estáveis, enquanto as bolsas de Hong Kong enfrentaram uma queda significativa, após declarações do governo dos Estados Unidos sobre a possibilidade de reduzir as tarifas impostas à China. No entanto, a falta de clareza quanto às medidas que serão adotadas gerou incertezas nos investidores sobre a evolução da guerra comercial entre as duas potências.

Mercados de Xangai e Shenzhen: Movimentos mistos e estabilidade

No fechamento, o índice de Xangai registrou um pequeno ganho de 0,03%, encerrando o dia com 3.297 pontos. Já o índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas nas bolsas de Xangai e Shenzhen, recuou 0,07%, fechando a 3.784 pontos. Embora o mercado chinês tenha mostrado algum movimento positivo, o clima de cautela ainda persiste, influenciado pela indecisão sobre os próximos passos na guerra comercial.

Declínio em Hong Kong: Ações de tecnologia lideram a queda

Em contraste com o mercado chinês, o índice Hang Seng de Hong Kong sofreu uma queda de 0,74%, fechando a 21.909 pontos. As ações de tecnologia foram as principais responsáveis pela desvalorização, com empresas como Alibaba, Meituan e SMIC registrando perdas expressivas. O índice Hang Seng Tech, que agrupa as principais empresas de tecnologia de Hong Kong, perdeu 1,5%, refletindo a tensão nos mercados impulsionada pelas incertezas sobre o futuro das tarifas.

Declarações de Scott Bessent: Abertura para redução das tarifas, mas sem medidas unilaterais

O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, comentou na quarta-feira que as tarifas entre os EUA e a China não são uma solução sustentável a longo prazo. No entanto, ele também deixou claro que não haverá ações unilaterais do governo Trump para reduzir as tarifas. Essas declarações geraram expectativas mistas no mercado, com investidores aguardando mais clareza sobre as futuras negociações entre os dois países.

Posicionamento da China: Apelo por negociações e suspensão das tarifas

Em resposta às declarações de Bessent, o Ministério do Comércio da China pediu a suspensão de todas as tarifas unilaterais, caso os EUA realmente desejem resolver a questão comercial. O governo chinês destacou que não há negociações comerciais em andamento entre os dois países. Bin Shi, chefe de ações da China no UBS Asset Management, ressaltou que, em uma guerra comercial, ambos os países saem perdendo, sugerindo que é inevitável que os EUA e a China se sentem à mesa de negociações para alcançar um acordo.

Desempenho de outros mercados asiáticos: Movimentos diversos

Outros mercados asiáticos também apresentaram resultados variados nesta quinta-feira. Em Tóquio, o índice Nikkei avançou 0,49%, atingindo 35.039 pontos, impulsionado por ganhos em setores diversos. Já em Seul, o índice KOSPI registrou uma queda de 0,13%, fechando a 2.522 pontos. Em Taiwan, o índice TAIEX caiu 0,82%, a 19.478 pontos, enquanto em Cingapura, o índice Straits Times apresentou uma leve desvalorização de 0,01%, a 3.831 pontos. Na Oceania, o índice S&P/ASX 200, de Sydney, teve um ganho de 0,60%, fechando a 7.968 pontos.

Este cenário reflete a cautela dos investidores diante das incertezas sobre a evolução das políticas comerciais entre os Estados Unidos e a China, fatores que continuam a impactar os mercados globais.

Fonte: Portal do Agronegócio

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