Publicado em: 24/02/2025 às 10:45hs
As ações alemãs lideraram os ganhos nos mercados acionários europeus nesta segunda-feira, refletindo a vitória do bloco conservador liderado por Friedrich Merz na eleição federal realizada no domingo.
O índice pan-europeu STOXX 600 avançava 0,22%, alcançando 555,08 pontos, com destaque para os setores imobiliário e de serviços públicos, que registravam altas superiores a 1,5% cada.
Na Alemanha, o índice DAX subia quase 1%, impulsionado pelo desempenho positivo das fabricantes de armas. Empresas do setor de defesa, como Rheinmetall, Hensoldt e Renk, registravam avanços entre 3,3% e 4,3%, impulsionadas pela perspectiva de um aumento nos investimentos militares sob o novo governo em Berlim. O índice europeu do setor aeroespacial e de defesa também refletia essa tendência, com alta de 0,9%.
Friedrich Merz surge como principal candidato a ocupar o cargo de chanceler após a vitória do seu bloco nas eleições. No entanto, ele deverá enfrentar longas negociações para a formação de uma coalizão, especialmente após o partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD) conquistar um segundo lugar histórico.
A incerteza em relação à formação do novo governo pode atrasar a implementação de políticas econômicas cruciais, incluindo reformas orçamentárias e aumentos de investimentos para estimular a maior economia da Europa, que vem enfrentando dois anos consecutivos de retração.
"O principal ponto de atenção dos investidores agora é o tempo necessário para a formação de uma coalizão", afirmou Lale Akoner, analista-chefe de mercado global da eToro. "O mercado ainda está assimilando os resultados e avaliando se a nova coalizão terá capacidade de implementar políticas voltadas ao crescimento econômico."
Por outro lado, o setor de recursos básicos registrava queda de 0,7%, pressionado pela desvalorização dos metais em meio a temores de uma nova guerra comercial. O movimento foi impulsionado pelas declarações do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que ameaçou impor tarifas mais altas sobre importações.
Fonte: Portal do Agronegócio
◄ Leia outras notícias