Publicado em: 13/03/2025 às 10:45hs
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou uma variação de 1,31% em fevereiro, marcando uma aceleração significativa em relação ao mês anterior, quando o índice foi de apenas 0,16%. Esse resultado representa a maior alta para o mês de fevereiro desde 2003, quando o índice alcançou 1,57%. No acumulado do ano, o IPCA atinge 1,47%, enquanto no período de 12 meses o índice somou 5,06%, superando os 4,56% registrados no intervalo de 12 meses anteriores. Em comparação com fevereiro de 2024, quando o índice foi de 0,83%, a alta deste ano é ainda mais expressiva.
Entre os nove grupos de produtos e serviços avaliados, os destaques ficaram para a Educação, que apresentou alta de 4,70%, e a Habitação, com variação de 4,44%. Esses setores impactaram de forma significativa o índice de fevereiro, com destaque para a energia elétrica residencial, que teve um aumento expressivo de 16,80%, após a queda observada em janeiro, decorrente da incorporação do Bônus de Itaipu.
O aumento das tarifas de energia elétrica foi um dos fatores de pressão sobre o índice, com especial atenção para a elevação de 4,44% nas tarifas residenciais. Além disso, os reajustes em cursos regulares, com destaque para o ensino fundamental e médio, também contribuíram para o aumento da Educação. O impacto desse aumento foi de 0,28 p.p. no índice de fevereiro.
No setor de Alimentação e Bebidas, a alta foi de 0,70%, com destaque para os aumentos nos preços do ovo de galinha (15,39%) e do café moído (10,77%). Por outro lado, produtos como a batata-inglesa (-4,10%) e o arroz (-1,61%) apresentaram quedas. Esses movimentos de preços refletem a dinâmica de oferta e demanda nos mercados de produtos agrícolas, diretamente ligados aos custos de produção e fatores climáticos.
O grupo Transportes também exerceu pressão sobre o IPCA, com variação de 0,61%, sendo influenciado principalmente pelos aumentos nos combustíveis: óleo diesel (4,35%), etanol (3,62%) e gasolina (2,78%). Além disso, os reajustes nas tarifas de transporte público nas grandes cidades, como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, também impactaram o índice.
Em termos regionais, a maior variação foi observada em Aracaju (1,64%), onde a alta da energia elétrica residencial e dos combustíveis, como a gasolina, contribuiu para o aumento do custo de vida. A menor variação ocorreu em Fortaleza (1,03%), onde a queda nos preços das passagens aéreas e da gasolina ajudou a mitigar a alta nos custos.
O IPCA é calculado mensalmente pelo IBGE e reflete a variação de preços para as famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos, abrangendo diversas regiões metropolitanas e cidades de grande porte em todo o Brasil. Para o cálculo de fevereiro, foram comparados os preços coletados entre 30 de janeiro e 26 de fevereiro de 2025 com os preços vigentes de 28 de dezembro de 2024 a 29 de janeiro de 2025.
Além disso, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a variação de preços para famílias com rendimentos de 1 a 5 salários mínimos, também apresentou alta de 1,48% em fevereiro. O INPC acumulou 1,48% no ano e 4,87% nos últimos 12 meses, refletindo aumentos em produtos alimentícios, como carnes e combustíveis, que pressionaram o custo de vida de boa parte da população.
Fonte: Portal do Agronegócio
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