Publicado em: 09/09/2024 às 10:28hs
Os principais índices de ações da China sofreram uma queda de mais de 1% nesta segunda-feira, com um deles atingindo o menor patamar em sete meses. O movimento reflete a preocupação dos investidores com os fracos dados de inflação no país, acentuando o temor em relação ao desempenho econômico. Paralelamente, as bolsas de Hong Kong também registraram retração, diante do aumento da aversão ao risco na região.
O índice CSI300, que agrupa as maiores empresas listadas nas bolsas de Xangai e Shenzhen, caiu 1,19%, alcançando o nível mais baixo desde o início de fevereiro. Já o índice da bolsa de Xangai fechou com queda de 1,06%, enquanto o índice Hang Seng, de Hong Kong, recuou 1,42%.
Dados recentes revelaram que o índice de preços ao consumidor da China acelerou em agosto, registrando o maior avanço dos últimos seis meses, impulsionado pela alta nos preços dos alimentos devido a questões climáticas. No entanto, o resultado ficou abaixo das expectativas do mercado. Além disso, a deflação dos preços ao produtor se intensificou, sinalizando uma economia que enfrenta desafios consideráveis.
As expectativas de que as autoridades chinesas possam adotar medidas mais agressivas de estímulo econômico cresceram com os novos dados. O rendimento dos títulos de longo prazo do país caiu para níveis historicamente baixos, ao passo que a moeda chinesa, o iuan, também se enfraqueceu.
"Até agora, foi uma boa escolha apostar em títulos do governo chinês e evitar os mercados acionários. Esses números sugerem que esse cenário não mudou", comentou Ben Bennett, chefe de estratégia de investimento e pesquisa da LGIM.
As preocupações com uma possível consolidação da deflação também impactaram fortemente as ações dos setores de energia, matérias-primas e metais na China, que apresentaram quedas expressivas.
Fonte: Portal do Agronegócio
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