Publicado em: 18/03/2025 às 10:35hs
A alta do Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) desacelerou de forma mais intensa do que o esperado em março, registrando variação de apenas 0,04%, após um avanço de 0,87% em fevereiro. O resultado foi influenciado principalmente pela expressiva queda nos preços de matérias-primas brutas, conforme dados divulgados pela Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta terça-feira.
A expectativa de analistas consultados pela Reuters era de uma alta mensal de 0,53%. No acumulado de 12 meses, o IGP-10 passou a apresentar alta de 8,59%.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), responsável por 60% da composição do IGP-10 e que mede a variação dos preços no atacado, registrou recuo de 0,26% em março, após ter avançado 1,02% no mês anterior.
“Nos preços ao produtor, a incerteza global intensificada pela guerra comercial dos Estados Unidos levou à queda dos preços do minério de ferro em março, impactando a retração do IPA”, explicou André Braz, economista do FGV IBRE.
Entre os itens que mais influenciaram o desempenho do IPA, destacam-se o minério de ferro (de 0,42% para -2,12%), os bovinos (de 3,30% para -3,55%) e a carne bovina (de -3,56% para -4,53%).
A retração do IPA foi impulsionada pela deflação de 1,36% no grupo de Matérias-Primas Brutas, que havia registrado alta de 1,49% no mês anterior.
Por outro lado, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que responde por 30% do IGP-10, acelerou para 1,03% em março, ante 0,44% em fevereiro.
O IPC registrou acréscimos em cinco das oito classes de despesa que compõem o índice, com destaque para: Habitação (-0,44% para 2,77%), Alimentação (0,87% para 1,31%), Vestuário (-0,46% para 0,24%), Comunicação (0,08% para 0,40%) e Despesas Diversas (0,53% para 0,84%).
Os itens de maior impacto no IPC foram a tarifa de eletricidade residencial e o aluguel residencial, que subiram 11,31% e 3,32%, respectivamente, revertendo as quedas de 4,49% e 1,01% registradas no mês anterior.
Já o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-10) apresentou desaceleração em sua alta, registrando avanço de 0,43% em março, após ter subido 0,55% em fevereiro.
O IGP-10 monitora as variações de preços ao produtor, ao consumidor e na construção civil no período compreendido entre o dia 11 do mês anterior e o dia 10 do mês de referência.
Fonte: Portal do Agronegócio
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