Publicado em: 27/01/2025 às 10:40hs
Os economistas do mercado financeiro ajustaram significativamente suas expectativas para a inflação de 2025, conforme divulgado no relatório "Focus" do Banco Central (BC) nesta segunda-feira (27). A previsão para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu de 5,08% para 5,50%, marcando a 15ª alta consecutiva e permanecendo acima do teto da meta de 4,5%. Para 2026, a estimativa também avançou, de 4,10% para 4,22%, consolidando o quinto aumento seguido.
A partir de 2025, o Brasil adota o sistema de meta contínua para a inflação, com objetivo de 3% ao ano e intervalo de tolerância entre 1,5% e 4,5%. Caso a inflação ultrapasse esse limite por seis meses consecutivos, o BC será obrigado a justificar o descumprimento ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em carta pública.
Na última comunicação, relativa a 2024, o presidente do BC, Gabriel Galípolo, atribuiu o estouro da meta a fatores como atividade econômica intensa, desvalorização do real e impactos climáticos extremos.
A inflação alta reduz o poder de compra, especialmente das classes de menor renda, pois os preços dos produtos sobem mais rapidamente do que os salários, afetando diretamente o consumo das famílias.
A estimativa para a taxa Selic permaneceu estável para os próximos anos. O mercado financeiro projeta que o juro básico fechará 2025 em 15% ao ano. Para 2026, a expectativa subiu ligeiramente de 12,25% para 12,50%. Já em 2027, a projeção avançou de 10,25% para 10,38%.
O Banco Central continua ajustando os juros para controlar a inflação, considerando que os efeitos da política monetária levam entre seis e 18 meses para se refletir plenamente na economia.
A previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para 2025 foi elevada de 2,04% para 2,06%, refletindo os resultados do terceiro trimestre de 2024, quando o PIB cresceu 0,9%, acima das expectativas do mercado. Em contrapartida, a estimativa para 2026 recuou de 1,77% para 1,72%.
O PIB é um indicador essencial para medir o desempenho econômico do país, representando a soma de todos os bens e serviços produzidos.
Com essas revisões, o Boletim Focus reforça a atenção sobre os desafios econômicos que o país enfrentará nos próximos anos, exigindo ajustes consistentes na política monetária e fiscal para manter a estabilidade econômica e o crescimento sustentável.
Fonte: Portal do Agronegócio
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