O dólar iniciou esta terça-feira (21) em alta, em meio às reações do mercado às primeiras medidas executivas do presidente norte-americano Donald Trump, que tomou posse na véspera. Já o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, opera em queda, refletindo a ausência de novos indicadores locais e a expectativa por desdobramentos econômicos.

Medidas iniciais de Trump

Logo após assumir a presidência, Trump assinou diversas ordens executivas classificadas como prioritárias pela Casa Branca. Entre elas, destacam-se a declaração de emergência na fronteira com o México, a retirada dos Estados Unidos do Acordo de Paris sobre o clima e o perdão presidencial para os acusados pelos ataques ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021. As ações reforçaram a postura protecionista defendida pelo republicano durante sua campanha.

Trump também comentou sobre as relações com a América Latina e o Brasil, afirmando que são "excelentes", mas ressaltou que a região "precisa mais dos Estados Unidos" do que o contrário. A declaração foi dada enquanto assinava os primeiros decretos de seu mandato no Salão Oval.

Contexto econômico local

No Brasil, a agenda econômica do dia se concentra nas medidas anunciadas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante reunião ministerial conduzida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Entre as prioridades destacadas estão o fortalecimento do arcabouço fiscal e a reforma do imposto de renda, que deve incluir a isenção para rendas até R$ 5 mil mensais.

Os investidores também aguardam a divulgação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15), prevista para sexta-feira (23), que servirá de termômetro para as expectativas em relação à taxa básica de juros, a Selic.

Desempenho dos mercados

Dólar: Às 10h07, a moeda norte-americana operava em alta de 0,22%, cotada a R$ 6,0546. Na véspera, o dólar registrou queda de 0,40%, encerrando o dia a R$ 6,0411. No acumulado do ano, a moeda apresenta recuo de 2,24%.

Ibovespa: No mesmo horário, o Ibovespa registrava queda de 0,06%, aos 122.785 pontos. No pregão anterior, o índice subiu 0,41%, alcançando 122.855 pontos. O desempenho acumulado no ano é positivo, com alta de 2,14%.

Expectativas futuras

A postura protecionista de Trump e seus possíveis impactos na economia global continuam no radar dos investidores. Além disso, o mercado segue monitorando os desdobramentos das políticas econômicas do governo brasileiro, que busca fortalecer as bases fiscais e ampliar a confiança no cenário doméstico.