Publicado em: 27/11/2024 às 10:30hs
O dólar iniciou a quarta-feira (27) com leve valorização, em um cenário repleto de indicadores econômicos relevantes. No Brasil, os investidores aguardam a divulgação do pacote de corte de gastos do governo federal, enquanto no exterior, o foco recai sobre a inflação e o Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos, com dados sendo divulgados ao longo da manhã. Já à tarde, serão divulgadas as cifras do mercado de trabalho brasileiro, que também impactam a confiança dos investidores.
Após a notícia de que foi alcançado um cessar-fogo entre Israel e o Hezbollah, os mercados financeiros mostraram alívio, com a percepção de que a escalada do conflito no Oriente Médio e seus possíveis efeitos econômicos se afastam, ao menos momentaneamente.
No Brasil, o cenário fiscal segue como o principal catalisador das decisões de investimento. A expectativa é que o governo anuncie em breve um pacote de austeridade fiscal, que deverá incluir cortes significativos nos gastos públicos. O relatório final da Polícia Federal sobre a tentativa de golpe de Estado em 2022, divulgado na última terça-feira (26), também ocupa a agenda política, gerando repercussões no mercado.
Às 09h, o dólar registrava alta de 0,12%, sendo cotado a R$ 5,8150. No pregão anterior, a moeda norte-americana havia subido 0,04%, fechando a R$ 5,8080. O desempenho recente do dólar acumula uma leve queda de 0,10% na semana, um ganho de 0,46% no mês e uma valorização de 19,69% no ano.
No mercado acionário, o índice Ibovespa iniciou o dia às 10h, seguindo a tendência de leve alta registrada na véspera, quando fechou com um avanço de 0,69%, aos 129.922 pontos. No acumulado semanal, o índice apresenta uma alta de 0,62%, avanço de 0,16% no mês, mas um recuo de 3,18% no ano.
O cenário fiscal brasileiro continua a dominar a atenção dos investidores. A espera pelo anúncio do pacote de cortes de gastos, que se arrasta por quase um mês, intensifica a especulação sobre os próximos passos do governo. O bloqueio de R$ 6 bilhões no orçamento anunciado pelo governo na última sexta-feira (22) eleva para R$ 19,3 bilhões o total de recursos contingenciados nos últimos meses, numa tentativa de conter o avanço das despesas obrigatórias, como as da Previdência.
Ainda assim, o mercado aguarda ansiosamente o anúncio do pacote, que visa assegurar o cumprimento do arcabouço fiscal — um conjunto de regras que estabelece os limites de gastos do governo para garantir sua solvência financeira. Na segunda-feira (25), após reuniões com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a lista de medidas já está concluída e que o governo enviará ao Congresso um projeto de lei e uma proposta de emenda à Constituição. Antes de sua formalização, as diretrizes serão apresentadas aos presidentes da Câmara e do Senado. A expectativa é que o anúncio ocorra ainda esta semana.
Essas medidas visam equilibrar as contas públicas e consolidar a confiança dos investidores, essencial para a saúde econômica do país, pois demonstram que o governo tem um plano para garantir o cumprimento das suas obrigações financeiras.
Fonte: Portal do Agronegócio
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