Publicado em: 14/04/2025 às 11:22hs
Na última sexta-feira (11), o dólar recuou 0,46%, encerrando o dia cotado a R$ 5,8713. Em contrapartida, o principal índice da bolsa de valores brasileira, o Ibovespa, registrou uma alta de 1,31%, alcançando os 127.682 pontos.
O dólar segue em baixa nesta segunda-feira (14), com os mercados globais respondendo ao alívio nas tensões comerciais, especialmente após uma nova movimentação do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em relação às tarifas impostas à China. Embora a guerra tarifária entre as duas maiores economias do mundo continue a impactar os mercados, as recentes ações de Trump têm gerado um cenário mais otimista para o setor financeiro.
Na última sexta-feira (11), o governo norte-americano anunciou que isentaria smartphones, laptops e outros eletrônicos das tarifas de 145% aplicadas aos produtos chineses, que fazem parte da guerra comercial. A decisão trouxe um alívio aos mercados financeiros, uma vez que esses produtos são essenciais, mas não são produzidos em larga escala nos Estados Unidos.
Apesar de, no domingo (13), Trump ter alterado a decisão, afirmando que os eletrônicos não seriam completamente isentos das tarifas, e sim integrados a uma nova categoria de tarifas, os mercados reagiram positivamente à notícia. O alívio veio, entre outros fatores, pela diminuição dos impactos nos preços desses produtos, além da possibilidade de que Trump esteja mais aberto a negociações, principalmente com a China.
Nesse cenário, o mercado brasileiro também tem se beneficiado. No primeiro pregão após a decisão dos EUA, as bolsas asiáticas fecharam em alta, e as europeias seguiam na mesma direção. O preço do dólar recuou globalmente, refletindo o alívio nas tensões comerciais. No Brasil, o Ibovespa operava em alta, impulsionado pelo sentimento positivo nos mercados.
Às 10h15 desta segunda-feira, o dólar estava cotado a R$ 5,8394, registrando uma queda de 0,54%. Já o Ibovespa subia 1,39%, alcançando os 129.459 pontos, após um fechamento positivo na sexta-feira (11), com um avanço de 1,05%.
A guerra tarifária de Trump segue sendo um dos principais fatores a movimentar os mercados. Contudo, o tom mais conciliador nas últimas decisões trouxe esperança de uma possível redução das tensões. O aumento de tarifas pode ter graves consequências, como o aumento da inflação global e uma possível desaceleração do consumo e do comércio internacional, o que gera receios de uma recessão mundial.
Além disso, dados macroeconômicos também impactaram os mercados nesta segunda-feira. Na China, as exportações em março cresceram 12,4% em relação ao ano anterior, superando as expectativas de crescimento de 4,4%. A alta nas exportações se deve, em grande parte, ao antecipado envio de mercadorias antes da imposição das novas tarifas, com o setor empresarial acelerando os negócios.
Por outro lado, o comércio bilateral entre Brasil e Estados Unidos também mostra sinais positivos. Apesar das tensões globais, o comércio com os EUA atingiu recorde no primeiro trimestre de 2025, com um total de US$ 20 bilhões, marcando o maior valor já registrado para o período. Esse resultado representa um crescimento de 6,6% em relação ao mesmo período do ano anterior, refletindo uma sólida troca comercial entre os dois países, mesmo com os desafios impostos pela guerra tarifária.
Com essas movimentações, os mercados continuam a acompanhar de perto os desdobramentos da guerra comercial e as políticas adotadas pelos Estados Unidos, na expectativa de que as tensões sejam suavizadas e as negociações comerciais se intensifiquem.
Com informações da agência de notícias Reuters
Fonte: Portal do Agronegócio
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