As bolsas de valores da China e de Hong Kong registraram ganhos significativos nesta sexta-feira, impulsionadas pelas declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que classificou sua recente conversa com o presidente chinês, Xi Jinping, como "amigável". Trump também sinalizou a possibilidade de avanços em um acordo comercial com a China.

Adicionalmente, os mercados receberam um impulso com o fortalecimento das ações de altos dividendos, beneficiadas pelo plano do governo chinês de implementar fundos de longo prazo. Segundo estimativas, esses fundos poderiam injetar cerca de 1 trilhão de iuanes (aproximadamente 140 bilhões de dólares) em capital novo anualmente.

Ao fim do pregão, o índice de Xangai apresentou alta de 0,7%, enquanto o CSI300, que representa as maiores empresas listadas em Xangai e Shenzhen, subiu 0,77%. O índice Hang Seng, de Hong Kong, registrou um ganho mais expressivo de 1,86%.

Em entrevista à Fox News, exibida na quinta-feira, Trump afirmou: “Foi uma conversa boa e amigável”, e destacou sua preferência por evitar o uso de tarifas contra a China. A ausência de novas tarifas desde o início de seu mandato e sua recente declaração contribuíram para um alívio na ansiedade dos investidores e para os ganhos registrados nos mercados chineses.

Outro fator que alimentou o otimismo foi o incentivo dos reguladores chineses para que seguradoras e fundos mútuos aumentem a compra de ações. A Hwabao Securities estima que a implementação desse plano poderia injetar cerca de 1 trilhão de iuanes por ano no mercado de ações chinês.

Desempenho dos índices na Ásia

• Xangai (SSEC): alta de 0,70%, a 3.252 pontos.
• CSI300: avanço de 0,77%, a 3.832 pontos.
• Hong Kong (Hang Seng): alta de 1,86%, a 20.066 pontos.
• Tóquio (Nikkei): leve recuo de 0,07%, a 39.931 pontos.
• Seul (Kospi): valorização de 0,85%, a 2.536 pontos.
• Cingapura (Straits Times): queda de 0,06%, a 3.804 pontos.
• Sydney (S&P/ASX 200): alta de 0,36%, a 8.408 pontos.

Em Taiwan, o índice Taiex não realizou operações nesta sessão. O contexto atual reforça a importância de avanços nas relações comerciais entre as duas maiores economias do mundo para sustentar a confiança nos mercados asiáticos.