Publicado em: 27/01/2025 às 19:40hs
O presidente do Banco Mundial, Ajay Banga, aconselhou autoridades globais a não reagirem de forma precipitada aos anúncios iniciais do governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Durante entrevista à Reuters, Banga destacou a importância de esperar pela implementação concreta das políticas antes de tomar medidas ou julgamentos definitivos.
"Meu único conselho a todos é que não tenham muita pressa em responder ou julgar", afirmou Banga, falando à margem da Cúpula de Energia da Missão 300 da África, realizada em Dar Es Salaam, Tanzânia. Segundo ele, é essencial que os líderes globais estejam preparados para apresentar argumentos sólidos diante das decisões de Trump.
Trump anuncia medidas controversas na primeira semana de governo
Nos primeiros dias à frente da Casa Branca, Trump emitiu decretos e anunciou planos que incluem a revisão de programas de assistência externa e a imposição de tarifas sobre as importações provenientes de Canadá, México e China. Apesar das incertezas geradas, Banga destacou que Trump tem um perfil pragmático, com boa compreensão de números, vantagens e estratégias. "Você tem que ir até ele e explicar o que você traz", acrescentou.
Um exemplo recente da tensão comercial envolvendo os Estados Unidos foi a iminência de uma guerra comercial com a Colômbia. Washington havia anunciado medidas preliminares, como tarifas elevadas, proibição de viagens e revogação de vistos para funcionários colombianos. Contudo, as restrições foram suspensas após a Colômbia concordar em aceitar aeronaves militares transportando migrantes deportados.
Banco Mundial e impactos de possíveis restrições
Banga mencionou que o Banco Mundial, sediado em Washington, ainda não foi diretamente afetado pela recente ordem emitida pelo Departamento de Estado dos EUA, que interrompe temporariamente toda assistência estrangeira existente e futura. Entretanto, ele ressaltou que quaisquer restrições de viagem impostas podem trazer desafios operacionais à instituição. "Se os vistos deles não funcionarem, isso é um problema", afirmou.
O presidente do Banco Mundial concluiu reforçando que, apesar das incertezas, é necessário observar atentamente as ações do novo governo dos Estados Unidos e responder com estratégias bem fundamentadas.
Fonte: Portal do Agronegócio
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