Publicado em: 18/04/2024 às 19:00hs
A China continua a desempenhar um papel central nas relações comerciais com o Brasil e a América Latina, além de se consolidar como um dos principais investidores estrangeiros no país. Segundo a KPMG, dados recentes sobre a vigorosa economia chinesa sugerem que essa posição será ainda mais fortalecida.
De acordo com a consultoria, o Produto Interno Bruto (PIB) da China alcançou 29,63 trilhões de yuans (equivalente a US$ 4,17 trilhões) no primeiro trimestre de 2024, registrando um aumento anual de 5,3%. Com base nesses números, a KPMG estima que o PIB chinês poderá crescer 5% ou mais ao longo do ano de 2024, respaldada pela análise de dados de mercado e informações já divulgadas sobre a segunda maior economia do mundo.
Em 2023, o PIB chinês cresceu 5,2% em termos anuais, superando em 2,2% o registrado em 2022. O setor industrial apresentou crescimento sólido, com destaque para a produção industrial de valor agregado, que aumentou 4,6% em relação ao ano anterior. O consumo, por sua vez, emergiu como o principal motor do crescimento econômico chinês, impulsionando o crescimento em 4,3% em 2023.
Daniel Lau, sócio-líder do Desk China da KPMG no Brasil e na América do Sul, ressalta que a implementação proativa de políticas de crescimento e emprego tende a melhorar o rendimento dos residentes e impulsionar a recuperação do consumo. Além disso, a inovação tecnológica e a transição verde devem estimular o investimento em infraestrutura e na indústria transformadora.
O investimento em ativos fixos cresceu 3% em 2023, com destaque para os setores de alta tecnologia, que registraram um aumento de 10,3%. As exportações chinesas também mantiveram um desempenho sólido, atingindo 23,77 trilhões de RMB em 2023. Setores como veículos elétricos, baterias de lítio e células solares apresentaram crescimento expressivo, fortalecendo a posição da China como exportadora de produtos manufaturados avançados.
A análise da KPMG prevê uma estabilização gradual do mercado imobiliário chinês e um enfraquecimento de seu impacto negativo no desenvolvimento econômico. Com a melhoria das perspectivas econômicas globais e a contínua otimização da estrutura econômica da China, as exportações devem manter uma forte resiliência, segundo a consultoria.
Fonte: Portal do Agronegócio
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