Publicado em: 16/04/2025 às 10:55hs
China exige mudança de postura dos EUA para retomada de diálogo
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Li Jian, declarou nesta quarta-feira (16) que os Estados Unidos precisam abandonar a estratégia de "pressão máxima", além de cessar com ameaças e chantagens, caso queiram realmente retomar as negociações com o país asiático e evitar o agravamento da guerra tarifária.
Segundo Li Jian, a China não busca conflito, mas também não teme enfrentá-lo. “Não queremos uma briga, mas também não temos medo de uma”, afirmou o porta-voz durante coletiva de imprensa.
As declarações de Li foram uma resposta direta à afirmação feita na véspera pela porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt. Segundo ela, o presidente Donald Trump entende que os Estados Unidos não precisam firmar um acordo comercial com a China neste momento.
“A bola está com a China. A China é quem precisa fazer um acordo conosco. Nós não precisamos fazer um acordo com eles”, afirmou Trump, por meio de sua porta-voz.
Em resposta, o porta-voz chinês enfatizou que a atual guerra tarifária foi deflagrada pelos Estados Unidos, não pela China, apontando para o histórico recente de medidas unilaterais adotadas por Washington.
As tensões comerciais entre China e EUA vêm se intensificando nas últimas semanas. No início deste mês, o presidente Donald Trump anunciou um novo pacote de tarifas sobre produtos chineses, além de taxações a mercadorias de outros países.
Posteriormente, as tarifas foram reduzidas temporariamente por um período de 90 dias com o objetivo de permitir novas negociações. No entanto, os Estados Unidos mantiveram — e até ampliaram — as tarifas impostas aos produtos chineses, o que levou o governo de Pequim a retaliar, elevando também as taxas sobre produtos americanos.
Atualmente, os produtos chineses enfrentam taxas de importação nos EUA que chegam a 245%, com exceção de eletrônicos como smartphones e laptops. Em contrapartida, a China impôs tarifas de até 125% sobre mercadorias americanas, ampliando o impasse comercial entre as duas maiores economias do mundo.
Fonte: Portal do Agronegócio
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