Publicado em: 16/04/2012 às 15:50hs
Segundo um levantamento feito pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), na safra passada os recursos próprios dos produtores cobriram 35% das despesas com as lavouras; das multinacionais e revendas, 25%; dos bancos, 22%; e das tradings, 12%. Antes da crise agrícola de 2005 e 2006, as tradings respondiam por metade do financiamento de custeio da safra.
De acordo com André Pessôa, da Agroconsult, não houve investimentos em expansão do plantio da soja, pois os produtores preferiram “colocar a casa em ordem”, destinando a maior parte dos recursos para solucionar o endividamento provocado pela crise de renda de 2005 e 2006.
Ele observa que os produtores têm segurado um excedente de soja. A reserva de emergência é utilizada nas negociações para compra dos insumos, pois o produtor tem a opção de obter um desconto na compra a vista.
Glauber Silveira, presidente da Associação dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil), diz que mesmo com os bons preços atuais da soja os agricultores continuam cautelosos, sem fazer grandes investimentos e optando por comprar insumos com capital próprio, reduzindo o nível de endividamento. “Antes quando os preços subiam havia uma corrida por arrendamentos, mas agora o produtor está mais seguro, está acertando a vida, pagando as dívidas”.
Ele lembra que os pequenos e médios agricultores não têm condições de competir com as grandes empresas no arrendamento de terras nem tem condições de adquirir novas áreas.
Fonte: Agência Estado
◄ Leia outras notícias