Publicado em: 28/04/2025 às 17:30hs
Segundo análise de Lucas Menezes, bacharel em Economia, a balança comercial de Sergipe passou por transformações expressivas ao longo da última década. Em 2014, o município de Estância se destacava nas exportações, movimentando mais de US$ 55 milhões, dos quais US$ 46,9 milhões correspondiam a sumos de frutas.
Por outro lado, as importações eram lideradas por Rosário do Catete e Aracaju, que somaram, respectivamente, US$ 54,9 milhões (com US$ 31,8 milhões em adubos) e US$ 52,4 milhões (dos quais US$ 27,4 milhões em trigo). O saldo da balança comercial refletia essa concentração: enquanto Estância apresentava um superávit de US$ 48 milhões, Rosário do Catete e Aracaju acumulavam déficits superiores a US$ 50 milhões cada.
Em 2024, observa-se uma tendência de interiorização e diversificação nas atividades de comércio exterior em Sergipe. O município de Japaratuba assumiu a liderança nas exportações, com um volume expressivo de US$ 292 milhões, oriundos exclusivamente da comercialização de petróleo. Estância manteve sua importância, alcançando US$ 140 milhões em exportações, sendo US$ 113 milhões provenientes novamente do sumo de frutas, reafirmando seu perfil agrícola-industrial.
No que se refere às importações, Barra dos Coqueiros destacou-se com US$ 156 milhões, impulsionados principalmente pela aquisição de gás, enquanto Maruim registrou US$ 61,9 milhões, majoritariamente em adubos. Essa nova configuração evidencia mudanças nas dinâmicas de consumo e no abastecimento energético e agrícola, além de refletir o fortalecimento da infraestrutura logística do estado.
Em 2024, a balança comercial de Sergipe revela um cenário renovado. Japaratuba lidera com um saldo positivo de US$ 269 milhões, consolidando o impacto da indústria petrolífera na economia estadual. Em contrapartida, Barra dos Coqueiros apresentou o maior déficit, acumulando US$ 156 milhões negativos devido ao elevado volume de importações.
As transformações observadas indicam a descentralização das atividades econômicas e o fortalecimento de novas cadeias produtivas em diferentes regiões do estado, evidenciando um Sergipe mais dinâmico e diversificado no comércio exterior.
Fonte: Portal do Agronegócio
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