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Seca nos EUA eleva receitas de produtor brasileiro a patamar recorde neste ano

A seca nos Estados Unidos faz bem ao bolso de parte dos produtores brasileiros


Publicado em: 13/09/2012 às 09:00hs

Seca nos EUA eleva receitas de produtor brasileiro a patamar recorde neste ano

O VBP (Valor Básico de Produção) dos 18 principais produtos agrícolas nacionais deverá atingir o recorde de R$ 228 bilhões neste ano, 1% acima do de 2011.

As principais evoluções de receita vêm exatamente de soja e milho, os produtos mais prejudicados pela seca no Meio-Oeste norte-americano. A elevação dos preços internacionais desses dois produtos fez a receita com a soja subir para R$ 66,6 bilhões neste ano no Brasil, 16% mais do que em 2011.

Já o valor da produção do milho deverá aumentar para R$ 33,7 bilhões, um aumento de 28% em relação ao do ano passado.

José Garcia Gasques, da AGE (Assessoria de Planejamento Estratégico) do Ministério da Agricultura, atribui esse avanço do VBP também à seca nas regiões Sul e Nordeste do Brasil e à expansão nacional na produção de milho.

Esse foco principal em milho e soja faz Mato Grosso roubar a posição de líder dos paulistas, que tiveram forte queda nas receitas com laranja e com cana.

Só com laranja, a perda dos produtores de São Paulo foi de 63%, recuando para R$ 3,9 bilhões neste ano. No ano passado a receita havia atingido R$ 10,6 bilhões.

A produção de cana-de-açúcar, que continua abaixo da do ano passado, deve render R$ 20,4 bilhões, 7% menso do que a anterior.

Os produtores das novas fronteiras agrícolas também têm boa evolução das receitas, principalmente devido ao plantio de soja. É o caso de Maranhão e Piauí, onde o VBP deverá dobrar neste ano.

Às vésperas Mesmo com a expectativa de uma redução na produção de milho nos EUA, o mercado de Chicago fechou em baixa. A seca, prejudicial à produção, agora permite um avanço rápido da colheita.

Safra maior A soja também caiu de preço ontem, devido a expectativas de chuvas nas próximas semanas. Alguns analistas acreditam, ainda, que a produção não será tão ruim como indica o Usda.

Fonte: Folha de São Paulo

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