Brasil

Produção de algodão deve cair 27% em Mato Grosso

A produção mato-grossense de algodão em caroço na safra 2012/2013 está estimada em pouco mais de 1,9 milhão de toneladas, segundo o novo levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab)


Publicado em: 11/01/2013 às 11:20hs

Produção de algodão deve cair 27% em Mato Grosso

Queda de 27,9% em relação a safra anterior, quando atingiu 2,7 milhões de toneladas. A área destinada ao cultivo está projetada em 529,8 mil hectares ( na safra anterior foi de 725,7 mil hectares). Já a produtividade prevista é de 3.750 kg/ha. Apesar da redução, que é nacional, Mato Grosso continua como destaque na cultura. Bahia (onde a redução da área chegou a 30%) aparece em seguida.

No país, de acordo com o levantamento, a produção deve alcançar pouco mais de 3,7 milhões de toneladas, 23,2% a menos do que na safra anterior. A área destinada é de 985,3 mil hectares (queda de 29,3% ante 2011/12). A  acentuada retração dos preços do algodão em pluma, no Brasil e no Exterior, no período de plantio, as estimativas de custos elevados de produção, e os atuais níveis de preços de mercado das commodities concorrentes (milho e soja), constituíram os principais fatores que levaram os produtores a optar pela redução de área e, em consequência, redução na produção.

Com as diminuições, a produção do algodão em pluma em Mato Grosso está estimada em 755 mil toneladas (na safra anterior foi de pouco mais de 1 milhão/t). Já no país, a previsão é alcançar aproximadamente 1,4 milhão de toneladas (ante 1,8 milhão em 2011/12).

Oferta e demanda

Com as estimativas, o levantamento da Conab aponta um quadro mais ajustado, pois a oferta total do produto (estoque inicial + produção + importação) para o exercício passa a ser de 1.967,5 mil toneladas, enquanto que a demanda total (consumo interno + exportação) está avaliada em 1.567 mil toneladas, resultando assim, em um volume de estoque de passagem de aproximadamente 400 mil toneladas, ou seja, inferior em 17,4%, se comparado ao do ano anterior.

Para complementar as necessidades de consumo da indústria têxtil nacional, avaliada em 887 mil toneladas, sem comprometer o lado da exportação, no momento projetada em 680 mil toneladas, a Conab, inicialmente, prevê a necessidade de importar, aproximadamente, 40 mil toneladas de pluma, no decorrer do exercício. Contudo,  a internalização não é dada como certa, pois nas operações de venda para o mercado externo foi efetuado um bom volume de negócios de exportação na modalidade de contratos flex, cujo produto objeto da venda poderá seguir seu curso normal ou ser redirecionado para o mercado interno, se assim as partes envolvidas no negócio estiverem de acordo. Em última análise, a decisão da indústria em comprar o produto no mercado interno ou externo vai ser tomada com base nos indicadores de paridade de exportação e de importação vigentes, no momento oportuno.

Fonte: Só Notícias

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