Publicado em: 14/06/2012 às 11:50hs
Lagarde vai representar o Fundo Monetário Internacional na cúpula de desenvolvimento sustentável Rio+20 neste mês, onde fará um apelo por uma estratégia global de estabilidade econômica que leve a um crescimento “verde” e “inclusivo”.
Falando no Centro para o Desenvolvimento Global, em Washington, na terça-feira, a francesa afirmou que o FMI terá papel ativo no apoio técnico aos países que desejem criar impostos sobre o carbono e instrumentos semelhantes para precificar a poluição.
“Acertar os preços significa usar a política fiscal para garantir que o dano que causamos é também refletido nos preços que pagamos”, disse Lagarde. “Estou pensando em impostos ambientais e sistemas de comércio de emissões, pelos quais os governos emitam – e preferencialmente vendam – direitos de poluição. É basicamente uma variação do velho mantra: ‘’se você quebrar, você compra”.
Ao lançar um novo guia sobre o uso de políticas fiscais para o combate à mudança climática, Lagarde afirmou que, em épocas de dificuldades orçamentárias, os impostos de carbono e os dividendos dos leilões de emissões podem ser um bem-vindo reforço econômico.
Em negociações climáticas do mês passado na ONU, grandes economias industrializadas, como EUA, Japão e Europa, foram criticadas por nações mais pobres e ONGs por não especificarem de onde virá o dinheiro prometido para a ajuda climática prometida para a partir do ano que vem.
Lagarde citou como possível fonte dessa verba os polêmicos planos para taxar a indústria aérea e naval. “Cobranças nas emissões marítimas e da aviação internacional gerariam cerca de um quarto dos 100 bilhões de dólares necessários para a adaptação e mitigação climática nos países desenvolvidos – recursos que os países desenvolvidos se comprometeram a mobilizar até 2020″, afirmou ela.
Lagarde acrescentou que a taxa de 25 dólares por tonelada de CO2 emitido, equivalente a um aumento de 0,058 dólar por litro de gasolina, poderia gerar mais de 1 trilhão de dólares ao longo de uma década.
A dirigente afirmou ainda que menos de 10 por cento das atuais emissões mundiais de gases do efeito estufa estão atualmente cobertas por programas formais de precificação.
Fonte: Portal Terra
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