Brasil

PIB do agronegócio cresce 1,81% em 2024 após forte recuperação no quarto trimestre

Desempenho expressivo da pecuária compensa retração agrícola e impulsiona participação do setor em 23,2% do PIB nacional


Publicado em: 10/04/2025 às 11:32hs

PIB do agronegócio cresce 1,81% em 2024 após forte recuperação no quarto trimestre

O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio brasileiro registrou avanço de 1,81% em 2024, revertendo a tendência de queda que se estendia até o terceiro trimestre. O dado é resultado de levantamento realizado pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, em parceria com a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil).

Somente no quarto trimestre do ano, o setor apresentou um crescimento expressivo de 4,48%, o que foi fundamental para alterar o cenário anual. Com esse desempenho, o agronegócio passou a representar 23,2% do PIB nacional em 2024, ligeiramente abaixo da participação de 23,5% registrada no ano anterior.

De acordo com os pesquisadores do Cepea e da CNA, o principal motor dessa recuperação foi o ramo pecuário, que cresceu 12,48% no acumulado do ano, compensando a retração de 2,19% observada no ramo agrícola.

O desempenho positivo da pecuária foi impulsionado por todos os segmentos, com destaque para a agroindústria e os agrosserviços, ambos com crescimento de 16,8%. Segundo o Cepea, a alta da agroindústria de base pecuária foi favorecida pela elevação dos preços e pelo aumento na produção de carnes, pescados, couro e calçados. No caso dos agrosserviços, a expansão se deu pelo crescimento na produção de insumos, produtos primários e agroindustriais, gerando maior demanda por serviços em diversas áreas da cadeia.

Por outro lado, o desempenho negativo da agricultura se deveu à retração em todos os seus segmentos, especialmente nos de insumos, que registraram queda de quase 7%, e no segmento primário, com baixa de 3,54%. Conforme apontam os pesquisadores, a queda no PIB de insumos foi influenciada pela redução nos preços de fertilizantes, defensivos e máquinas agrícolas, além da diminuição da produção destes últimos.

No segmento primário, ainda que tenha havido redução nos custos com insumos, o cenário foi prejudicado pela queda nos preços de commodities relevantes como algodão, milho, soja e trigo, além da retração na produção anual — sobretudo de milho e soja, que apresentaram quedas significativas ao longo do ano.

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Fonte: Portal do Agronegócio

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