Publicado em: 25/02/2025 às 10:10hs
O agronegócio é um dos pilares da economia brasileira, mas sua real dimensão vai além da produção primária. Segundo estudo recente, a participação direta do setor no Produto Interno Bruto (PIB) nacional, considerando a produção agropecuária, agroindústria e serviços associados, equivale a quase 15%. Quando se inclui o impacto indireto do setor em outras áreas da economia, essa fatia sobe para 21%. Já no mercado de trabalho, o agro responde por aproximadamente 17% da população ocupada, o que equivale a mais de 17 milhões de empregos.
O setor agropecuário, tradicionalmente associado ao conceito de "PIB agro", compreende apenas a produção primária, ou seja, as atividades diretamente ligadas à agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura. No entanto, a influência do agronegócio vai além da porteira, englobando etapas de beneficiamento e distribuição dos produtos.
De acordo com a análise, a cadeia produtiva do agronegócio pode ser dividida em quatro categorias principais:
Juntas, essas atividades representam aproximadamente 15% do PIB brasileiro. Quando se contabiliza o impacto indireto do agro em outros setores da economia, a participação do setor chega a 21%.
O impacto do agronegócio no emprego segue um padrão semelhante ao observado no PIB. O setor emprega diretamente cerca de 10% da população ocupada no Brasil, considerando a produção primária e o beneficiamento. Quando se inclui a participação indireta em atividades relacionadas, como comércio, transporte e fornecimento de insumos, esse percentual sobe para 17%. Isso representa mais de 17 milhões de empregos no país.
O estudo utilizou microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) para estimar o número total de empregos ligados ao setor. A análise revelou que o agro mantém um papel essencial na geração de postos de trabalho, impulsionando tanto o mercado formal quanto o informal.
O agronegócio é também um dos principais responsáveis pelo superávit da balança comercial brasileira. Em 2024, o setor respondeu por cerca de 31% da corrente de comércio do país, movimentando bilhões de dólares em exportações e importações. Somente nos últimos 12 meses, o superávit comercial do agro foi de aproximadamente US$ 109 bilhões, compensando déficits registrados em outros setores da economia.
As exportações do setor cresceram impulsionadas pelo aumento da produtividade agrícola e pela alta demanda global por commodities como soja e milho. Ao mesmo tempo, o Brasil ainda mantém uma dependência de importação de insumos essenciais, como fertilizantes e defensivos agrícolas.
Para 2025, as projeções indicam uma recuperação da produção primária, com crescimento estimado em 4,8%. Esse avanço pode resultar em um aumento da participação do agronegócio no PIB, reforçando sua relevância na economia nacional. A expectativa é que a produção agrícola e as exportações continuem impulsionando o setor, mantendo o Brasil como um dos principais fornecedores de alimentos e insumos agrícolas para o mundo.
Diante desse cenário, a importância do agronegócio para o desenvolvimento econômico do país se mantém inquestionável, seja na geração de empregos, no crescimento do PIB ou na sustentação do superávit comercial.
Fonte: Portal do Agronegócio
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