Publicado em: 01/06/2012 às 11:50hs
Mesmo os sindicalistas foram mais amenos nas críticas ao governo após a reunião desta quarta-feira (30/05). No entanto, a linha comum dos discursos é a necessidade de novas medidas para estimular o crescimento da economia brasileira.
Medidas adicionais - A Fiesp aprovou o corte na Selic, mas defendeu a adoção de “medidas adicionais” que ajudem a reduzir os custos de produção para que o Brasil recupere sua competitividade. “A queda nos juros e o equilíbrio cambial são positivos, mas não podem ser as únicas iniciativas em prol da competitividade brasileira”, declarou o presidente da Fiesp, Paulo Skaf.
Combate à especulação - A Força Sindical afirmou que a nova queda nos juros “dá um incentivo para a economia que cresce em ritmo muito lento”. “Entendemos que o governo deve continuar reduzindo a Taxa Selic, combatendo, desta forma a especulação, que é um mecanismo perverso que inibe a produção, o consumo e a geração de novos postos de trabalho”, declarou o presidente em exercício, Miguel Torres.
Cenário externo - Para a Confederação Nacional da Indústria (CNI), “o cenário externo adverso exige ações rápidas e estruturantes, e a redução dos juros é componente essencial nessas medidas”. A entidade ressaltou que a inflação está em desaceleração, o que propicia um “ambiente positivo para uma política monetária mais ativa”. A CNI assinalou que a redução nos juros barateia o crédito e, em consequência, contribui para a retomada dos investimentos e o reaquecimento da demanda interna.
Decisão acertada - A Federação do Comércio de São Paulo (Fecomércio-SP) considerou acertada a decisão do Copom. “O novo corte vai ao encontro dos esforços que o governo tem empenhado em reduzir os juros ao consumidor e, desta maneira, possibilitar um crescimento interno sustentado pelo ciclo virtuoso de consumo das famílias, geração de empregos e expansão da massa de rendimentos.” A entidade acredita, contudo, que ainda há espaço para o Banco Central realizar novos cortes na Selic ao longo do ano.
Foco - A Fecomércio-RJ também elogiou a decisão do Copom. “A fragilidade econômica global hoje é evidente, enquanto números do próprio BC mostram ritmo de recuperação da atividade econômica doméstica abaixo do esperado no primeiro trimestre”, afirmou o presidente da associação, Orlando Diniz. “Mais do que nunca, nosso foco deve estar em aumentar a competitividade e a produtividade das empresas.”
Novas reduções - A Associação Comercial de São Paulo (ACSP) espera que novas reduções da taxa básica ocorram, “tendo em vista as incertezas da situação internacional e o ritmo fraco de crescimento da economia”. O presidente da ACSP, Rogério Amato, reconhece que o BC “vem atuando de forma preventiva tendo, inclusive, se antecipado às expectativas do mercado, quando iniciou o processo de redução das taxas de juros”.
Fonte: Assessoria de Imprensa da Ocepar/Sescoop-PR
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