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INTERNACIONAL: G-20 tenta acordo para salvar euro

Os principais países europeus deverão se comprometer a "salvaguardar a integridade da zona do euro", usar "todas as fontes de financiamento" para recapitalizar os bancos e melhorar o crescimento, na cúpula do G-20 na segunda e terça-feira(18 e 19/06) em Los Cabos (México)


Publicado em: 18/06/2012 às 10:50hs

INTERNACIONAL: G-20 tenta acordo para salvar euro

Proposta - O compromisso faz parte de um acordo que os líderes vão propor "para tratar de riscos de curto prazo e restaurar confiança", conforme um "draft" ao qual o Valor teve acesso. Para os líderes das maiores economias desenvolvidas e emergentes, riscos significativos persistem com a crise da dívida soberana e bancária na zona do euro "e mais ação é necessária" para estabilizar a situação.

Soluções - Esta semana, o presidente mexicano Felipe Calderón reconheceu que a cúpula que ele vai presidir dificilmente trará soluções imediatas para os problemas da Europa. Mas, como diz o texto, poderá pavimentar o terreno para "minimizar riscos econômicos afim de reforçar o crescimento e a confiança no curto prazo e maximizar o potencial de expansão global no longo prazo".

Eleição - A cúpula do G-20 ocorre um dia depois da eleição na Grécia, que poderá sinalizar a saída ou não do país da união monetária, além de eleição legislativa na França e presidencial no Egito.

Integrantes - Formado em 2008 para coordenar uma resposta global à crise financeira, o G-20 reúne economias que respondem por 80% do PIB mundial e 80% do comércio. É formado por Estados Unidos, China, Japão, Alemanha, França, Brasil, Reino Unido, Itália, Rússia, Canadá, Índia, Espanha, Austrália, Coreia do Sul, Indonésia, Turquia, Argentina, África do Sul, Arábia Saudita e União Europeia.

Plano de ação - No plano de ação, que continuará em negociação a partir de hoje em Los Cabos pelos "sherpas" (representantes dos líderes), o grupo identifica a crise da zona do euro como um dos riscos mais significativos que precisam ser administrados na economia global, além do ritmo do ajuste fiscal, desemprego alto e em expansão, preço do petróleo e aterrissagem de algumas economias emergentes.

 Comprometidos  - Nesse cenário, no plano, os membros da área do euro que fazem parte do G-20 - Alemanha e França de um lado, e Espanha e Itália do lado do contágio - se dizem "resolutamente comprometidos em salvaguardar a integridade da zona do euro e adotar todas as ações requeridas para alcançar esse resultado". O texto diz que "a zona do euro está comprometida a prosseguir com ações adicionais para reforçar sua estratégia de cinco pontos para resolver a crise da dívida soberana e bancária".

 Estratégia europeia  - A estratégia europeia inclui "assegurar a disponibilidade e máxima eficácia" do "firewall" (barreira de proteção) europeu para conter o risco de contágio, "usando todos os meios para quebrar os problemas de vínculo entre o setor bancário e as finanças públicas". O mecanismo europeu é atualmente de € 500 bilhões.

 Recapitalização  - Além disso, a ideia é agir fortemente para completar a recapitalização dos bancos até o fim do mês "usando todas as fontes disponíveis de financiamento, incluindo fundos públicos, se necessário". O prazo dado pela autoridade bancária europeia é para que os bancos reforcem suas reservas de capital mínimo para pelo menos 9% dos ativos ponderados pelo risco. Os europeus prometem também assegurar a "coerência e integridade do sistema de seguro dos depósitos na zona do euro", sem entrar em detalhes.

Fonte: Assessoria de Imprensa da Ocepar/Sescoop-PR

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